A Assembleia
Geral das Nações Unidas aprovou com ampla maioria na passada quinta-feira uma
resolução que se opõe ao reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado de
Israel, que tinha sido anunciada por Donald Trump.
O texto foi aprovado por 128
estados, entre os quais Portugal (com 35 abstenções e 9 votos contra, tendo
havido 21 países que não compareceram à votação) e considera que a decisão
tomada em relação a Jerusalém “é nula e sem efeito”, mas não é vinculativo. Esperando
este resultado, o Donald ameaçou cortar as ajudas financeiras americanas aos
países que apoiassem a resolução e por várias vezes referiu que os países que
votassem favoravelmente a resolução fariam com que os Estados Unidos poupassem
muito dinheiro, numa clara alusão aos cortes que se propõe fazer nas ajudas
financeiras.
Realmente, o Donald é um caso sério e, em menos de um ano na Casa
Branca, já acumulou demasiados erros e é cada vez mais rejeitado pelos próprios
americanos, como ontem sugeria o Daily News de Nova Iorque. A soberania de Israel sobre Jerusalém nunca foi internacionalmente
reconhecida e todos os países mantêm as suas embaixadas em Telavive, mas o
Donald já deu ordens para que a embaixada americana fosse transferida para Jerusalém. Acontece
que os palestinianos reivindicam a zona oriental da cidade como a capital do
seu futuro estado e defendem que o estatuto da cidade deva ser discutido nas
negociações de paz. O mundo também pensa assim, mas o Donald contrariou tudo e quis lançar mais gasolina na fogueira.