segunda-feira, 9 de abril de 2018

O incêndio da Trump Tower foi só fumaça

A fotografia ontem publicada na capa do jornal New York Post mostra os espessos rolos de fumo negro que no passado sábado foram vistos a sair do 50º andar do arranha-céus construido por Donald Trump em Nova Iorque e, sobretudo, recorda-nos a tragédia ocorrida no dia 11 de Setembro de 2001, quando dois aviões foram lançados por terroristas árabes sobre as Torres Gémeas, também em Nova Iorque, tendo causado a morte a mais de três mil pessoas.
O luxuoso edifício é conhecido como a Trump Tower e foi inaugurado em 1983, ficando situado na 5th Avenue, entre as ruas 56th e 57th, em Midtown Manhattan. Tem 202 metros de altura e possui 58 andares ocupados por escritórios, alguns espaços comerciais e apartamentos, um dos quais pertence desde 2015 a Cristiano Ronaldo que o adquiriu por 18,5 milhões de dólares e que fica alguns andares abaixo da residência privada do Donald.
O incêndio deflagrou no 50º andar do edifício e assustou muita gente, embora tivesse sido dominado pelos bombeiros ao fim de uma hora. A intervenção correu bem. Os incêndios em arranha-céus têm provocado algumas grandes catástrofes, mas desta vez foi só fumaça, o que mostra que a segurança funcionou.
O Donald agradeceu o bom trabalho feito pelos bombeiros e a ocorrência teve efeitos muito limitados, embora se tivesse registado a morte de uma pessoa.

O entusiasmo dos franceses pelo ciclismo

Realizou-se ontem a 116ª edição do Paris-Roubaix, uma prova clássica do ciclismo mundial, em que os ciclistas percorreram 257 quilómetros entre Paris e Roubaix, próximo da cidade de Lille e da fronteira belga. A prova é conhecida como “a rainha das clássicas”, mas também como “o inferno do Norte”, devido às várias secções do percurso que são feitas em estradas muito estreitas e de piso empedrado ou “pavé”. Na prova ontem disputada aconteceu uma tragédia quando o ciclista belga Michael Goolaerts sofreu uma queda num desses percursos de “pavé” e veio a falecer no hospital para onde foi transportado.
O vencedor desta edição do Paris-Roubaix foi o ciclista eslovaco Peter Sagan que é tricampeão mundial de estrada. Dois ciclistas portugueses da equipa espanhola Movistar participaram na prova: Nuno Matos chegou em 91º lugar e Nélson Oliveira não chegou ao fim.
O diário La Voix du Nord dedica hoje a sua primeira página a esta prova, com uma expressiva fotografia que mostra alguns ciclistas a pedalar por entre uma multidão entusiasmada que se atravessa na estrada para ver, fotografar, aplaudir e incitar. Essa é, de resto, a imagem de marca das provas ciclistas em geral e das provas francesas em particular, onde o entusiasmo pelo ciclismo parece “coisa de loucos” e é bem superior ao entusiasmo pelo futebol.
O Paris-Roubaix disputa-se desde 1896 e faz parte do pequeno número de provas desportivas que se disputam desde o século XIX, o que acontece por exemplo com a Oxford and Cambridge Boat Race (1856), a America’s Cup (1857), o Wimbledon Championship (1877), o US Open (1881) e o Roland-Garros (1891).