Realizou-se ontem
a 116ª edição do Paris-Roubaix, uma prova clássica do ciclismo mundial, em que
os ciclistas percorreram 257
quilómetros entre Paris e Roubaix, próximo da cidade de
Lille e da fronteira belga. A prova é conhecida como “a rainha das clássicas”,
mas também como “o inferno do Norte”, devido às várias secções do percurso que
são feitas em estradas muito estreitas e de piso empedrado ou “pavé”. Na prova
ontem disputada aconteceu uma tragédia quando o ciclista belga Michael
Goolaerts sofreu uma queda num desses percursos de “pavé” e veio a falecer no
hospital para onde foi transportado.
O vencedor desta
edição do Paris-Roubaix foi o ciclista eslovaco Peter Sagan que é tricampeão
mundial de estrada. Dois ciclistas portugueses da equipa espanhola Movistar
participaram na prova: Nuno Matos chegou em 91º lugar e Nélson Oliveira não
chegou ao fim.
O diário La
Voix du Nord dedica hoje a sua primeira página a esta prova, com uma
expressiva fotografia que mostra alguns ciclistas a pedalar por entre uma
multidão entusiasmada que se atravessa na estrada para ver, fotografar, aplaudir
e incitar. Essa é, de resto, a imagem de marca das provas ciclistas em geral e
das provas francesas em particular, onde o entusiasmo pelo ciclismo parece
“coisa de loucos” e é bem superior ao entusiasmo pelo futebol.
O Paris-Roubaix disputa-se
desde 1896 e faz parte do pequeno número de provas desportivas que se disputam
desde o século XIX, o que acontece por exemplo com a Oxford and Cambridge Boat Race (1856), a America’s Cup (1857), o Wimbledon
Championship (1877), o US Open
(1881) e o Roland-Garros (1891).
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