terça-feira, 10 de abril de 2012

Titanic: cem anos depois

No próximo dia 15 de Abril de 2012, completar-se-ão cem anos sobre o naufrágio do RMS Titanic, o famoso navio que foi construído nos estaleiros da Harland and Wolff em Belfast, na Irlanda do Norte. Era o maior navio de passageiros do mundo e, na época, a publicidade considerava-o "inafundável".
No dia 10 de Abril de 1912 o navio iniciou orgulhosamente a sua viagem inaugural largando de Southampton em direcção a Nova York, mas na noite de 14 para 15 de Abril de 1912 colidiu com um iceberg no oceano Atlântico e afundou-se em duas horas e quarenta minutos. Transportava 2.240 pessoas e, como consequência do naufrágio, perderam a vida 1.523 pessoas, o que constituiu uma das piores catástrofes marítimas de todos os tempos.
A catástrofe tem servido de base a muitos livros e a alguns filmes que têm descrito as circunstâncias em que ocorreu o naufrágio e os trágicos acontecimentos vividos a bordo, umas vezes com base nas declarações dos sobreviventes, mas muitas outras com base em pura ficção.
Em 1985 foi descoberto o local do naufrágio e foram observados os seus destroços a cerca de 4 mil metros de profundidade. Desde então, as novas tecnologias de imagiologia sonar têm permitido a análise do extenso campo dos destroços, a recolha de materiais e a reconstituição do que aconteceu ao navio, dando uma dimensão inovadora à arqueologia subaquática.
A televisão e os jornais já anunciaram que irão evocar a efeméride. Porém, o National Geographic antecipou-se e, ignorando os aspectos mais conhecidos da tragédia, divulgou os resultados das suas pesquisas que revelam os últimos momentos do Titanic, as circunstâncias em que se partiu e se afundou, para além de um pormenorizado mapa dos destroços, que esclarece melhor o que de facto aconteceu ao navio naquela noite de 14 de Abril de 1912.

O nosso frequent flyer

O governo tem em mãos um enorme e exigente desafio nos planos técnico, político e social. Esse desafio implica unidade e coesão nas respostas, mas também a criação de uma imagem de competência e de equidade, que seja compreendida e assumida pela população. Porém, os sinais transmitidos para o exterior alimentam a dúvida e a inquietação, porque geram desconfiança, desmotivação e desânimo. Acumulam-se sinais negativos observáveis nos indicadores económico-sociais, mas também no excesso de viagens feitas pelos dos nossos governantes.
O jornal i investigou essas viagens e publicou os resultados da sua pesquisa na edição de 16 de Março. São surpreendentes. Não se compreende como nos 231 dias decorridos de Junho a Dezembro de 2011, os membros do governo tenham efectuado 246 viagens e tivessem gasto um milhão de euros em deslocações ao estrangeiro.
O MNE é o campeão das viagens. Antes andava de feira em feira. Agora é mais sofisticado e anda de aeroporto em aeroporto. De sala VIP em sala VIP. É o nosso frequent flyer que acumula pontos sem se saber para quê. Nem Mrs. Clinton viaja tanto. É um caso enigmático. Sendo o mais experiente e talvez o mais talentoso membro do governo, nunca cá está para dar a cara e co-responsabilizar-se pela acção governativa. Em 231 dias gastou 291.400 euros em 58 viagens! E tem continuado. Não sei se é no interesse do governo ou do país, mas certamente que é no seu interesse pessoal. Não sei que objectivo ou que lugar persegue, mas seguramente que procura qualquer coisa. Vai a todas. Não pára. Nós pagamos. Por este caminho vai entrar no livro do Guiness World Records.