sábado, 20 de maio de 2023

A reinterpretação da tragédia do Titanic

No dia 10 de Abril de 1912, o maior transatlântico que até então fora construído, largou do porto inglês de Southampton com destino a Nova Iorque, na sua viagem inaugural, mas na noite do dia 14 para o dia 15 de Abril colidiu com um iceberg, afundando-se em menos de três horas. Dos 2.223 tripulantes e passageiros apenas houve 706 sobreviventes, o que significa que 1.517 pessoas perderam a vida nas águas geladas do Atlântico Norte. O navio chamava-se Titanic e, desde então, a sua perda passou a ser considerada como o mais famoso naufrágio do mundo e tornou-se o objecto de muitas histórias e muitas lendas.
O navio, ou o que dele resta, foi descoberto em 1985 no fundo do mar, a cerca de quatro mil metros de profundidade, numa posição a cerca de 650 quilómetros da costa canadiana. Desde então, a aventura e a tragédia do Titanic renasceram, sobretudo na literatura e no cinema, mas também despertaram o interesse da arqueologia marítima, daí resultando várias expedições interessadas no estudo daquele famoso naufrágio. As novas tecnologias foram postas ao serviço de muitos projectos, com destaque para aquele que foi conduzido no Verão de 2022 pela empresa de cartografia marítima Magellan, em associação com a Atlantic Produtions. Então, num trabalho realizado por dois ROV (Remotely Operated Vehicle), que são controlados remotamente, após cerca de duzentas horas de operação foram obtidas mais de 700 mil fotografias e, a partir delas, foi feita a reconstrução digital de todo o navio em 3D, o que permite visualizar todo o conjunto como se a água tivesse sido drenada. Assim, é possível reinterpretar ou saber melhor o que de facto aconteceu naquela noite em que naufragou o Titanic.
Alguns jornais, como por exemplo o The Dallas Morning News, publicaram com grande destaque algumas fotografias digitais do navio, porque a lenda do Titanic continua viva um pouco por todo o mundo.