No dia 10 de
Abril de 1912, o maior transatlântico que até então fora construído, largou do
porto inglês de Southampton com destino a Nova Iorque, na sua viagem inaugural,
mas na noite do dia 14 para o dia 15 de Abril colidiu com um iceberg,
afundando-se em menos de três horas. Dos 2.223 tripulantes e passageiros apenas
houve 706 sobreviventes, o que significa que 1.517 pessoas perderam a vida nas
águas geladas do Atlântico Norte. O navio chamava-se Titanic e, desde então, a sua perda passou a ser considerada como o
mais famoso naufrágio do mundo e tornou-se o objecto de muitas histórias e
muitas lendas.
O navio, ou o que
dele resta, foi descoberto em 1985 no fundo do mar, a cerca de quatro mil
metros de profundidade, numa posição a cerca de 650 quilómetros da costa
canadiana. Desde então, a aventura e a tragédia do Titanic renasceram, sobretudo na literatura e no cinema, mas também
despertaram o interesse da arqueologia marítima, daí resultando várias
expedições interessadas no estudo daquele famoso naufrágio. As novas
tecnologias foram postas ao serviço de muitos projectos, com destaque para
aquele que foi conduzido no Verão de 2022 pela empresa de cartografia marítima
Magellan, em associação com a Atlantic Produtions. Então, num trabalho
realizado por dois ROV (Remotely Operated
Vehicle), que são controlados remotamente, após cerca de duzentas horas de
operação foram obtidas mais de 700 mil fotografias e, a partir delas, foi feita
a reconstrução digital de todo o navio em 3D, o que permite visualizar todo o
conjunto como se a água tivesse sido drenada. Assim, é possível reinterpretar
ou saber melhor o que de facto aconteceu naquela noite em que naufragou o Titanic.
Alguns jornais,
como por exemplo o The Dallas Morning News, publicaram com grande destaque algumas
fotografias digitais do navio, porque a lenda do Titanic continua viva um pouco por todo o mundo.
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