O número de
vítimas provocadas pelo covid-19 no
Brasil atingiu o impressionante número de 100.543 óbitos, apenas superado pelos
Estados Unidos e o país está de luto, como sugere a capa da edição de hoje do
jornal carioca Extra. Em Portugal ninguém fica indiferente a esta calamidade
porque muitos portugueses têm familiares e amigos no Brasil e conhecem por via
directa as angústias de quem vive sob a ameaça de poder ser contagiado.
Portanto, as preocupações e as incertezas quanto ao futuro não são apenas
brasileiras, mas também são portuguesas.
O primeiro óbito
por covid-19 aconteceu no dia 25 de
Fevereiro e, desde então, não há sinais de retrocesso quanto ao alastramento da
pandemia, nem quanto às medidas sanitárias ou de confinamento que deveriam ter
sido tomadas para tentar travar a pandemia. Jair Bolsonaro, o incapaz que
enganou os brasileiros e chegou a presidente do Brasil, depois do golpe
político-judicial que liquidou Dilma Rousseff e Lula da Silva, tem sido um dos
responsáveis pela grave situação que assola o país e há vozes que já o acusam
de genocídio. Um mês depois de ter acontecido o primeiro óbito no Brasil, essa
figura caricata que é Jair Bolsonaro invocou o seu “histórico de atleta” e
afirmou que não se preocuparia com “uma gripezinha ou resfriadinho”, para além
de repetidamente ridicularizar as recomendações de distanciamento social e de
criticar os governadores estaduais pelas medidas adoptadas. Depois, nunca foi capaz de se retratar dessas afirmações e usou e abusou de comportamentos censuráveis sob o ponto de vista sanitário. O Jair é um verdadeiro desastre político e é altamente responsável pela situação dolorosa que se vive no Brasil. Porém, daqui deste lado do Atlântico, não
somos indiferentes a essa dor e a essa angústia.