quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Aeronáutica e orgulho chinês em Zhuhai

A 13ª Exposição Internacional de Aviação e Aeroespacial da China ou Airshow China 2021, a maior feira aeronáutica que se realiza na República Popular da China, iniciou-se ontem na cidade de Zhuhai, que faz parte da província chinesa de Cantão. 
Zhuhai tem fronteira com o território de Macau e é uma cidade moderna, que em 1980 foi transformada em Zona Económica Especial da China e que realiza este evento bienal, que este ano tem a participação de cerca de 700 empresas de quase quatro dezenas de países.
Como é habitual nestas grandes feiras aeronáuticas, tem havido lugar a demonstrações de voo, tendo-se destacado as exibições das equipas de acrobacia aérea da Força Aérea do Exército de Libertação do Povo, respectivamente a Falcão Vermelho e a BaYi. A equipa Ba Yi utiliza os modernos aviões de combate Chengdu J-10, multi-funcionais e de concepção chinesa, a que os americanos chamam “Dragão Furioso”.
O jornal Global Times, que se publica diariamente em Pequim sob a orientação do Diário do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista Chinês, destacou na sua edição de hoje uma fotografia da exibição da equipa BaYi nos céus de Zhuhai, não só porque esteticamente se trata de uma excelente imagem, mas também porque alimenta o orgulho militar e aeronáutico chinês.

A lava do ‘Cumbre Vieja’ chegou ao mar

O vulcão do complexo de Cumbre Vieja, que desde há cerca de dez dias está em erupção na ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias, continua com actividade bastante intensa e a suscitar alguma preocupação entre a população, sobretudo na parte sul da ilha. 
O fluxo de lava já cobriu quase três centenas de hectares da ilha, destruiu muitas plantações de bananeiras, devastou mais de seis centenas de edificações e já obrigou cerca de seis mil pessoas a deixar as suas casas casas. Ontem a impressionante corrente de lava chegou ao mar, caindo de um penhasco de considerável altura, o que produziu espessas nuvens de fumo e libertou gases tóxicos, conforme noticiou o Diario de Avisos, um jornal de Tenerife que é o decano da imprensa canária.
Tanto as autoridades como os peritos em vulcanologia têm acompanhado a evolução do vulcão, que fez deslocar para a ilha de La Palma muitos jornalistas, o que tem permitido um acompanhamento noticioso, sobretudo fotográfico, deste fenómeno.

A Grécia dá ajuda à economia francesa

O recente cancelamento do contrato que a França e a Austrália assinaram em 2016 para o fornecimento de submarinos, no valor de algumas dezenas de milhares de milhões de euros, foi um duríssimo golpe para a poderosa indústria de defesa francesa. A tensão entre americanos e franceses acentuou-se, pois os franceses sentiram-se traídos e daí que tivessem surgido muitas declarações apaziguadoras por parte dos americanos, havendo notícias de que Biden e Macron se iriam reunir por causa desta crise.
Por isso, a notícia hoje divulgada pelo jornal Le Télégramme de Lorient, de que o presidente Macron e o primeiro-ministro grego tinham ontem assinado um contrato para a construção de três modernas fragatas nos estaleiros do Naval Group em Lorient, antes conhecidos por DCNS ou Direction des Construction Navales, suscitou uma enorme euforia. Além disso, está ainda prevista a construção de três corvetas da classe Gowind, de 2500 toneladas, um navio que já está ao serviço ou prestes a entrar ao serviço nas marinhas de França, do Egipto e da Malásia, o que aumentará o valor global deste contrato.
Com esta encomenda a Grécia dá uma boa ajuda à economia francesa. Porém, não foi divulgado o esquema de financiamento deste contrato e, porque o montante da dívida externa grega é o mais elevado no espaço europeu, não se imagina quem possa avançar com mais estes créditos aos gregos. Por isso, não admirará que seja a França a construir e a financiar. Depois se verá…