O recente
cancelamento do contrato que a França e a Austrália assinaram em 2016 para o
fornecimento de submarinos, no valor de algumas dezenas de milhares de milhões
de euros, foi um duríssimo golpe para a poderosa indústria de defesa francesa.
A tensão entre americanos e franceses acentuou-se, pois os franceses
sentiram-se traídos e daí que tivessem surgido muitas declarações apaziguadoras
por parte dos americanos, havendo notícias de que Biden e Macron se iriam
reunir por causa desta crise.
Por isso, a notícia
hoje divulgada pelo jornal Le Télégramme de Lorient, de que o
presidente Macron e o primeiro-ministro grego tinham ontem assinado um contrato
para a construção de três modernas fragatas nos estaleiros do Naval Group em
Lorient, antes conhecidos por DCNS ou Direction des Construction Navales, suscitou
uma enorme euforia. Além disso, está ainda prevista a construção de três
corvetas da classe Gowind, de 2500
toneladas, um navio que já está ao serviço ou prestes a entrar ao serviço nas
marinhas de França, do Egipto e da Malásia, o que aumentará o valor global
deste contrato.
Com esta
encomenda a Grécia dá uma boa ajuda à economia francesa. Porém, não foi
divulgado o esquema de financiamento deste contrato e, porque o montante da dívida
externa grega é o mais elevado no espaço europeu, não se imagina quem possa
avançar com mais estes créditos aos gregos. Por isso, não admirará que seja a França
a construir e a financiar. Depois se verá…
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