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O
jornal Público celebra hoje o seu 27º aniversário e, na linha do que é
habitual na imprensa portuguesa, decidiu fazer uma edição especial. É uma
edição muito sóbria graficamente que foi dirigida pelo imaginativo Miguel
Esteves Cardoso (MEC), convidado para ser o director do jornal por um dia. Saiu-se
muito bem. O conteúdo da edição é estimulante, porque o jornal não pegou nos
estafados temas da dívida portuguesa, da crise financeira, da carência de
investimento, do desemprego ou da pobreza, da desigualdade, do projecto europeu
ou das ameaças à paz no mundo, mas escolheu um tema bem mais interessante que
foi “o lado bom de Portugal”. Assim, tratou de pôr onze pessoas a escrever
sobre onze boas razões para ficar em Portugal ou, para arrepiar caminho, no
caso de ter saído de cá. As onze histórias passam pelo património e pela
agricultura biológica, pelo desporto e pelos produtos artesanais, pela música e
pela “velha” economia que resiste aos novos tempos. São onze histórias muito
estimulantes.
Como
escreveu MEC no seu editorial: “Quando agradecemos o bom tempo, a luz e as
praias, está implícito que só continuamos a dispor destas coisas boas porque os
políticos não conseguiram até hoje arranjar maneira de vendê-las ou estragá-las
de uma vez por todas. Assim, o Portugal que temos é o que resta milagrosamente
das piratarias dos nossos dirigentes através dos séculos”.
E a
conclusão é perfeita: “Portugal pode não ser perfeito, mas não é nada mau”.
Parabéns ao Público
no seu 27º aniversário.