Em vésperas da
abertura oficial dos Jogos Olímpicos, sucedem-se as reportagens na imprensa
sobre os seus aspectos desportivos, mas também outros aspectos que lhe estão
associados, sobretudo de ordem política, económica, logística, cultural e
diplomática.
O pequeno Emmanuel Macron que tem acumulado tantos desaires políticos
internos e internacionais, tem agora a oportunidade de ocupar o centro do mundo
e brilhar à sombra dos 330 metros da altura da Tour Eiffel. Por isso, organizou uma grande festa de inauguração, a
realizar no rio Sena, tendo convidado os presidentes das maiores multinacionais
do mundo que já lhe garantiram 15 mil milhões de euros de investimento e um
cortejo numeroso de líderes mundiais que lhe comprarão Airbus e material militar, mas nesse grupo faltarão Joe Biden,
Vladimir Putin, Xi Jinping e Lula da Silva, porque os tempos não estão para
grandes festas. Porém, não faltará Marcelo Rebelo de Sousa com a sua comitiva
de assessores, mais os seus jornalistas convidados.
Haverá por certo
várias declarações, nomeadamente de Macron, a pedir um cessar-fogo em Gaza e na
Ucrânia, mas a França é um dos principais fornecedores de armamento a Israel e
à Ucrânia, o que significa que muitos dos pedidos de tréguas ou de cessar-fogo
que venham a ser feitos, são meros exercícios de retórica, ou mesmo de
hipocrisia.
No entanto, nenhum
destes comentários retira importância nem destaque à parte desportiva dos Jogos
Olímpicos, como mostra a edição de hoje do JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias
que, sendo o mais importante órgão de comunicação português na área cultural,
reconhece nesta sua edição a grandeza cultural dos Jogos Olímpicos. E faz muito bem!