Na sua mais
recente edição, a prestigiada revista The Economist, que se publica em
Londres desde 1843, escreve sobre o “Ruination Day” e apresenta uma imagem do
DT a isolar os Estados Unidos do mundo, através da sua guerra das tarifas e da
sua política do MAGA – Make America Great
Again.
O “Ruination Day”
é um dia que aparece referido em várias músicas da cantora e compositora
americana Gillian Welch e que representa um dia amaldiçoado e trágico, em que
houve acontecimentos muito graves. Nas suas canções, aquela cantora referiu o
dia 14 de Abril em que o presidente Abraham Lincoln
foi assassinado (1865), em que naufragou o Titanic
(1912) e em que aconteceu o Dust Bowl,
uma tempestade de areia que ocorreu nos Estados Unidos na década de 1930. Nem a
data nem os acontecimentos referidos por Gillian Welch se consolidaram na
opinião pública, mas o conceito de “Ruination Day” tornou-se popular no ponto
de vista simbólico e poético, com o significado de qualquer data maldita em que
tudo se desmorona.
No meio da confusão,
da perplexidade e até do tsunami
provocado pelas medidas tomadas pelo DT, The Economist inspirou-se em Gillian
Welch e identificou essas medidas como um “Ruination Day”, pelos malefícios que
vão trazer para a economia mundial, mas também para a economia dos Estados
Unidos. As críticas surgem de todo o lado e os protestos já começaram a
aparecer em solo americano. Perante a excentricidade política do DT, o senador
Chuck Schumer que é o líder da minoria democrata no Senado, descreveu a sua política de tarifas como “absurda, louca e caótica”. Muitos analistas preveem
uma generalizada recessão económica, com desemprego e inflação, mas também há
quem preveja uma grande oportunidade para a China.