A América escolheu Barack Obama para Presidente, o que significa que haverá continuidade no estilo e na orientação programática americana, não sendo de esperar alterações significativas na condução da política da mais poderosa nação do mundo. Os problemas económicos que puseram em risco a reeleição de Obama vão continuar a afectar a América, nomeadamente o elevado desemprego, a recessão económica, a perda de competitividade, o défice orçamental, a elevada fiscalidade, o endividamento das famílias, a desigualdade social e a crescente pobreza.
O processo eleitoral revelou uma América hesitante e polarizada em torno dos Republicanos que continuam a controlar a Câmara dos Deputados e dos Democratas que dominam o Senado, pelo que o Presidente enfrenta o grande desafio de sentar uns e outros à mesma mesa, para ultrapassar uma crise que o candidato derrotado Mitt Rommey chegou a comparar à crise grega. No plano internacional a Europa e a sua crise continuarão ausentes das prioridades americanas, cujas preocupações continuarão centradas na Ásia e no Pacífico e, especialmente, na China e na sua continuada ascensão, mas também, por razões de segurança, na persistente instabilidade no Médio Oriente e no Norte de África.
Os Estados Unidos da América têm uma população numerosa e largamente instruída, têm abundantes recursos naturais, dispõem da mais avançada tecnologia e são a maior economia do mundo. Veremos, nos próximos quatro anos, como disse Obama, se o melhor ainda está para vir.