As eleições
presidenciais americanas vão realizar-se no próximo dia 5 de novembro e são um
dos grandes acontecimentos mundiais dos próximos meses, porque vão influenciar
o futuro do mundo. Faltam apenas 80 dias para uma disputa eleitoral que, em
todo o mundo, é estudada pela comunidade académica, através da Sociologia, da
Comunicação e do Marketing, com a análise detalhada das frequentes sondagens e das
estratégias de comunicação utilizadas pelos candidatos para influenciar os
eleitores e conquistar votos. Dizem os especialistas que nenhuma disputa
eleitoral é tão dura como as eleições presidenciais americanas e, em breve, os
americanos vão ter de escolher entre os candidatos Republicano e Democrata, ou
entre Donald Trump e Kamala Harris, cada qual com os seus discursos mais ou
menos aliciantes para o eleitorado.
A campanha
eleitoral americana é sempre personalizada e muito agressiva, utilizando muitas
vezes o insulto pessoal, a crítica ao passado dos candidatos e os seus
escândalos próprios ou das suas famílias, enquanto os projectos para o futuro
não são discutidos. Tudo isto decorre num ambiente de manipulaçáo
comunicacional e num quadro de concorrência mediática que envolve muito
dinheiro, daí resultando que as televisões e os jornais não costumam ser neutrais
e declaram apoio a um dos candidatos. Assim sucede, por exemplo, com o New
Yok Post, um tablóide nova-iorquino que é o 13º jornal mais antigo e o
7º de maior divulgação nos Estados Unidos, que apoia Donald Trump e que há dias
publicava em primeira página a fotografia de Kamala Harris com o título Kameleon, mas que hoje publica a
fotografia de Kamala Harris com o título Kamunism.
Até parece que do lado de lá do Atlântico vale tudo… Nós não estamos
habituados a este tipo de agressividade política e de insulto pessoal nas nossas
campanhas eleitorais.