domingo, 23 de outubro de 2022

Venezuela y Colombia se abrazan

A desintegração do império espanhol das Américas ou Grã-Colômbia foi um processo liderado por Simón Bolivar e que, depois de muitas lutas, deu origem em 1831 à formação de três estados, respectivamente a Venezuela, o Equador e a Nova Granada, que em 1886 adoptou o nome de Colômbia.
A fronteira entre a Venezuela e a Colômbia tem 2.219 quilómetros de extensão e a definição das fronteiras sempre teve alguma controvérsia, pelo que, desde o início do século XX, as relações entre os dois países têm tido altos e baixos e, por vezes, têm sido conflituosas, apesar dos laços históricos, geográficos e culturais entre os dois países.
Já no século XXI, o presidente colombiano Álvaro Uribe acusou a Venezuela e o seu presidente Hugo Chávez de darem guarida aos guerrilheiros colombianos das FARC. Os dois países cortaram relações diplomáticas, trocaram ameaças e “contaram espingardas”, mas com o presidente Juan Manuel Santos a tensão serenou. Depois com o presidente Iván Duque, a partir de 2019 o governo colombiano voltou a cortar relações diplomáticas e a criar tensões destinadas a afastar do poder o presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Com a recente eleição de Gustavo Petro, que assumiu a presidência da Colômbia no passado domingo, a possível normalização das relações entre os dois países gerou optimismo e esperança dos dois lados da fronteira e o jornal venezuelano Últimas Notícias destaca que “Venezuela y Colombia se abrazan”. Provavelmente, os 50 milhões de colombianos e os 30 milhões de venezuelanos já festejam esta notícia.