A desintegração do
império espanhol das Américas ou Grã-Colômbia foi um processo liderado por Simón
Bolivar e que, depois de muitas lutas, deu origem em 1831 à formação de três
estados, respectivamente a Venezuela, o Equador e a Nova Granada, que em 1886
adoptou o nome de Colômbia.
A fronteira entre
a Venezuela e a Colômbia tem 2.219 quilómetros de extensão e a definição das
fronteiras sempre teve alguma controvérsia, pelo que, desde o início do século
XX, as relações entre os dois países têm tido altos e baixos e, por vezes, têm
sido conflituosas, apesar dos laços históricos, geográficos e culturais entre
os dois países.
Já no século XXI,
o presidente colombiano Álvaro Uribe acusou a Venezuela e o seu presidente Hugo
Chávez de darem guarida aos guerrilheiros colombianos das FARC. Os dois países
cortaram relações diplomáticas, trocaram ameaças e “contaram espingardas”, mas
com o presidente Juan Manuel Santos a tensão serenou. Depois com o presidente
Iván Duque, a partir de 2019 o governo colombiano voltou a cortar relações
diplomáticas e a criar tensões destinadas a afastar do poder o presidente
venezuelano Nicolás Maduro.
Com a recente
eleição de Gustavo Petro, que assumiu a presidência da Colômbia no passado
domingo, a possível normalização das relações entre os dois países gerou optimismo
e esperança dos dois lados da fronteira e o jornal venezuelano Últimas
Notícias destaca que “Venezuela y Colombia se abrazan”. Provavelmente,
os 50 milhões de colombianos e os 30 milhões de venezuelanos já festejam esta
notícia.
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