sexta-feira, 7 de julho de 2023

O Tour de France e a loucura dos franceses

As transmissões televisivas diárias têm confirmado a 110ª edição do Tour de France como uma grande prova desportiva, mas também como um entusiástico espectáculo popular de quase loucura, com muitos milhares de pessoas nas bermas das estradas, sobretudo nas altas montanhas, a incitar e aplaudir o colorido pelotão de ciclistas. Embora haja muitos desportos que entusiasmam as multidões, não será exagero afirmar que as Grandes Voltas ciclistas e, em especial o Tour de France, estão no topo desse entusiasmo.
A corrida iniciou-se no País Basco espanhol e à partida tinha o dinamarquês Jonas Vingegaard e o esloveno Tajed Pogacar como grandes favoritos. Como primeira dificuldade, os ciclistas enfrentaram os Pirinéus e as suas montanhas e, na 5ª etapa, Vingegaard deixou Pogacar para trás. Ontem disputou-se a 6ª etapa, na qual os ciclistas subiram o col d’Aspin e o col du Tourmalet e foi a vez de Pogacar deixar Vingegaard para trás. Faltam muitos quilómetros, muitas montanhas e há sempre imprevistos, mas estas duas etapas já mostraram que estamos perante um “duelo de gigantes”, como hoje titula o diário desportivo espanhol as.
O presidente Emmanuel Macron acompanhou a 6ª etapa a bordo de uma viatura, porque é um entusiasta do ciclismo como são todos os franceses e, talvez, para esquecer os graves problemas que tem no país e fora dele. Na meta de Cauterets-Cambasque, o presidente francês viu a chegada de Pogacar, de Vingegaard, do norueguês Johannessen e do português Rúben Guerreiro, que com muito brilho chegou em 4º lugar, mas teve que esperar até que um ciclista francês cortasse a meta em 10º lugar.
O nosso aplauso ao Rúben Guerreiro e os votos para que no “duelo de gigantes” ganhe o melhor.