O
primeiro-ministro português António Costa, efectuou ontem uma visita oficial ao
Luxemburgo a convite do seu homólogo luxemburguês Xavier Bettel, tendo saudado
os cinco memorandos de entendimento assinados durante a visita, em especial aquele que vai reforçar o ensino do português nas escolas, como salienta hoje Le Quotidien na sua primeira página.
O
Luxemburgo é um pequeno país com 550 mil habitantes, onde cerca de 100 mil são
portugueses, isto é, quase 20% da população é portuguesa e constitui a maior
comunidade estrangeira do país.
Porém, a completa integração social das comunidades estrangeiras passa sempre pela aprendizagem da língua do país de acolhimento, embora seja natural que essas comunidades queiram manter a sua língua materna e as suas raízes culturais, uma compatibilidade que se tem visto que, por vezes, é muito difícil.
Porém, a completa integração social das comunidades estrangeiras passa sempre pela aprendizagem da língua do país de acolhimento, embora seja natural que essas comunidades queiram manter a sua língua materna e as suas raízes culturais, uma compatibilidade que se tem visto que, por vezes, é muito difícil.
Por
isso, o memorando ontem assinado sobre o ensino da língua portuguesa no
Luxemburgo é muito importante, pois permite que as novas gerações de
portugueses tenham uma aprendizagem multilingue desde o ensino pré-escolar, possam
ter plena integração no sistema de ensino luxemburguês e não tenham uma
barreira acrescida no seu progresso educativo.
O
modelo adoptado introduz cursos complementares em português a realizar fora do
horário escolar, o que vai representar uma sobrecarga horária para os alunos de
português e vai obrigar à contratação de mais professores. Mas valerá a pena. A
aprendizagem do português em casa e no ambiente familiar resolve o problema da conversação mas não resolve o problema da escrita e, por
isso, é frequente encontrarmos portugueses que vivem no estrangeiro e que falam mas não
escrevem em português, apenas porque lhe faltou a aprendizagem na escola.