Cristiano Ronaldo
fez ontem o seu 200º jogo pela selecção nacional de futebol e marcou o seu 123º
golo. Num jogo triste e desinteressante disputado em Reykjavik, esses dois
patamares, um de presenças na selecção e outro de golos marcados, são únicos no
mundo do futebol e têm lugar no Guinness
World Records, o antigo Guinness Book
of Records.
Muitos não
acreditavam que aos 38 anos de idade e sem a destreza física que o tornou
famoso no mundo do futebol, ele fosse escolhido para integrar a selecção
nacional, mas o facto é que foi ele que, mesmo ao findar do jogo, conseguiu
fazer o remate que deu a magra vitória a Portugal com um solitário golo.
Alguns jornais
portugueses destacaram os feitos de Ronaldo em Reykjavik, sobretudo o seu 200º
jogo e o seu 123º golo, mas foi o Morgunbladid, o maior jornal islandês que publicou uma fotografia de Cristiano Ronaldo a toda a largura da sua primeira
página, com a legenda que o Google nos ajudou a traduzir, que dizia: “Ronaldo
está feliz por marcar o golo da vitória na sua 200ª partida internacional”.
Ou porque já
esqueceram o que o nome de Ronaldo tem significado único para o prestígio de
Portugal, ou porque se distraíram, ou porque “são pobres e mal agradecidos”, o facto é que alguns
jornais de referência portugueses apenas publicaram uma pequena nota noticiosa a propósito do feito de Ronaldo.
O Cristiano Ronaldo merecia
mais de A Bola, do Público e do Diário de Notícias.