A batalha de
Inglaterra aconteceu há oitenta anos e The Journal, que se publica em
Newcastle upon Tyne, decidiu evocar essa efeméride na sua edição de hoje com um
texto evocativo e com a fotografia de um caça Supermarine Spitfire na sua primeira página.
A batalha
desenrolou-se entre Julho de 1940 e Junho de 1941 e nela intervieram como
principais protagonistas os aviões da Luftwaffe
e da Royal Air Force (RAF),
sobretudo os caças Messerschmitt Bf 109
e os caças Supermarine Spitfire. Após
muitos meses de confrontos aéreos nos céus da Grã-Bretanha e de intensos bombardeamentos
diurnos e nocturnos sobre as cidades britânicas, com os quais os alemães visavam
destruir o aparelho industrial britânico, desmoralizar a população e preparar
a invasão das ilhas Britânicas, quando verificaram que as suas
perdas se estavam a tornar demasiado pesadas em face da reacção da RAF,
suspenderam os seus ataques, quando muitas cidades britânicas já tinham sofrido
grandes destruições, sobretudo Londres e Liverpool. A RAF tinha perdido 1023
aviões de caça e 402 pilotos britânicos, 5 belgas, 7 checos, 29 polacos, 3
canadianos e 3 neozelandezes, mas tiveram 40 mil mortos entre a população
civil. A Luftwaffe perdeu 1887
aviões, entre os quais 873 caças e 1014 bombardeiros, perdendo 2698 pilotos e
tripulantes dos bombardeiros.
Foi uma
impressionante vitória aliada sobre as investidas de Adolfo Hitler e essa
batalha começou a alterar o rumo da guerra em desfavor da Alemanha. O primeiro-ministro
britânico Winston Churchill disse então que “nunca tantos deveram tanto a tão
poucos” em nenhum conflito humano.