quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

MRS vai visitar o antigo Império do Meio

O jornal hojemacau informa que Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República Portuguesa, se vai deslocar à China e depois, ao território de Macau, isto é, à região da Ásia Oriental que, há muitos séculos, constituia o Império do Meio.
Se fosse necessário o meu apoio para esta visita presidencial, ele seria concedido de imediato, porque as viagens presidenciais servem para mostrar aos anfitriões que somos um país de gente bem disposta, moderno e progressivo, culturalmente muito rico e amante da paz, mas também que o supremo magistrado da nação é uma pessoa muito qualificada, inteligente, culta, solidária e cosmopolita.
Naturalmente que se espera que MRS acabe de vez com as grandes comitivas presidenciais que sempre foram pagas com os nossos impostos e que, além de terem uma marca terceiro-mundista, serviram muitas vezes para pagar pequenos favores aos amigos e para alimentar a promoção pessoal que era garantida pelas dezenas de jornalistas que, também pagos com os nossos impostos, integravam as comitivas. Em alguns dos destinos dessas viagens presidenciais ainda são recordadas as tristes figuras que alguns elementos dessas autênticas excursões turísticas muitas vezes fizeram e essas situações não podem repetir-se.
Significa que MRS deve estar atento e ser comedido, como parece ter sido até agora na dimensão das suas comitivas. Como bom católico, terá que resistir às tentações e, sobretudo, não integrar na sua comitiva a Cristina Ferreira, o Goucha, o João Miguel Tavares ou a Sandra Felgueiras. Nem o seu amigo Montenegro, nem o Marta Soares, nem os comentadores de futebol. Nem precisa de levar deputados, nem empresários, nem o representante dos motoristas de camiões. Sugiro que se faça acompanhar apenas pelo seu restrito núcleo de apoio pessoal e por um grupo de apoio diplomático do MNE, porque é tempo de acabar com o enorme dispêndio de dinheiro que ao longo dos anos têm custado ao erário público as multidões de borlistas que viajam com os nossos Presidentes da República. Quanto a jornalistas, aproveite os delegados residentes da Agência Lusa em Beijing e Macau. É quanto basta.