sábado, 11 de julho de 2015

Tomar e a sua grande festa popular

A Festa dos Tabuleiros ou do Divino Espírito Santo que se realiza de quatro em quatro anos na cidade de Tomar é uma das mais exuberantes romarias portuguesas e é uma interessante expressão de criatividade popular que é conhecida pelo menos desde o século XV.
Apesar da festa incluir inúmeras realizações e atracções musicais, desportivas, tauromáquicas, gastronómicas e outras ao gosto popular, o seu ponto mais simbólico é o imponente Cortejo dos Tabuleiros em que sobressaem os tabuleiros artisticamente decorados e a brancura das vestes das raparigas que os transportam à cabeça ao longo das ruas da cidade, engalanadas com colchas pendentes nas janelas e sob uma chuva de pétalas lançadas sobre o cortejo, a que depois se segue a benção do pão e das coroas do Espírito Santo. Os tabuleiros que se incorporam no cortejo ou desfile representam as 16 freguesias do concelho de Tomar e o seu número é variável, embora habitualmente ultrapasse as cinco centenas.
O Cortejo dos Tabuleiros realiza-se amanhã, a partir das 16:00 horas e é o ponto mais alto da Festa dos Tabuleiros e, só por si, atrai centenas de milhar de visitantes. Não é fácil chegar lá mas, seguramente, é uma grande tradição que se preserva e fortalece e é, também, um grande espectáculo da cultura popular portuguesa.

O exercício assegura a eficiência militar

O matutino Northern Territory News (NT News) que se publica na cidade australiana de Darwin, a capital do Território do Norte, destaca na sua edição de hoje a realização do Exercise Talisman Saber 2015, com uma desenvolvida reportagem. Trata-se de um exercício militar combinado que se realizou pela primeira vez em 2005 com a participação das Australian Defense Forces e das Forças Armadas dos Estados Unidos e que, desde então, se tem realizado de dois em dois anos, sendo o maior exercício militar realizado pelos australianos. O exercício decorrerá nas regiões norte e centro do território australiano, no mar territorial e na sua zona económica exclusiva que se desenvolve no mar de Timor, mas com maior incidência nas regiões a oeste de Darwin, em que as amplitudes de maré atingem 9 metros e abundam “man-eating crocodiles and even nesting turtles”.
Este ano o exercício tem a sua sexta edição e desenvolve-se a partir de meados de Julho durante vinte dias, envolvendo mais de 30 mil tropas americanas e australianas, além de muitos e diversificados meios navais e aéreos. Pela primeira vez participarão no exercício forças neo-zelandesas (500 efectivos) e forças japonesas (40 efectivos). Os exercícios destinam-se a assegurar o treino que garante a eficiência militar e a fortalecer as capacidades de resposta a situações de crise e de contingência, sobretudo em relação à guerra ao terrorismo, envolvendo todo o tipo de acções terrestres e marítimas. É assim em todo o lado e em todas as actividades. Até no futebol. Porém, a dimensão deste exercício não deixa de ser uma manifestação de poder face ao maior país islâmico do mundo que se situa nas vizinhanças, mas também um sinal para a própria China e para a sua vontade de se tornar a potência dominante na região.