Hoje é o Dia das Forças Armadas Espanholas, “el orgullo de España” como
titula em primeira página o diário La
Razón, que convida os cidadãos espanhóis a desfraldar a bandeira espanhola
nas varandas, nas janelas e nas ruas. Este convite segue-se a uma campanha
feita pelo Ministério da Defesa através das redes sociais, na qual a população
é convidada a participar nos diferentes iniciativas do Dia das Forças Armadas, definidas
como um factor de unidade nacional, de coesão interna e de prestígio
internacional. Este ano estão programadas 206 iniciativas de carácter militar,
cultural e desportivo, além de um dia de portas abertas nos quartéis, navios de
guerra e outras instalações militares, mas não haverá desfiles militares nem o
tradicional festival aéreo, devido às políticas de austeridade que reduziram o
orçamento de 200 mil euros do ano passado para 90 mil euros.
A dignidade com
que o governo espanhol, a Casa Real e a comunicação social tratam as suas Forças
Armadas e homenageiam os homens e as mulheres que cumprem missões de diversa
ordem no país e no estrangeiro, contrastam com a quase indiferença com que as
nossas autoridades e a comunicação social olham as Forças Armadas Portuguesas.
Bastaria citar a Operação Atalanta, na qual o comando da Força Naval Europeia
que opera nas águas da Somália é exercido por um oficial português, para exemplificar o
prestígio internacional das nossas Forças Armadas. Porém, aqui escolhem-se um
advogado e uma economista sem qualquer vestígio de cultura militar, vergados
pelo peso de recentes derrotas eleitorais e, por isso, sem prestígio político. O que eles disseram do nosso primeiro! Entregar-lhes
a gestão das Forças Armadas é um erro político e uma desconsideração para quem veste uma farda e jurou
defender a Pátria, mesmo com o sacrifício da própria vida. Aqui é assim.