A morte de
Margaret Thatcher aos 87 anos de idade não deixa ninguém indiferente, como de
resto se observa na imprensa mundial que hoje destaca o desaparecimento da antiga
Primeira-Ministra d0 Reino Unido, enquanto toda a imprensa britânica é unânime na homenagem que lhe presta. Entrou na vida política em 1950, mas só em
1959 conseguiu ser eleita deputada pelo Partido Conservador. A partir de 1961
ganhou notoriedade quando passou a ocupar postos governamentais, primeiro como
Secretária de Estado do Ministério de Pensões e Segurança Social no governo de
Harold MacMillan e, em 1970, como Ministra da Educação
e Ciência no governo de Edward Heath. Em 1975 foi eleita líder do
Partido Conservador pelo que também se tornou líder da oposição, sendo a
primeira mulher a liderar um dos grandes partidos britânicos.
No início de 1979
o governo trabalhista de James Callaghan foi afastado por uma moção de censura
e, depois de eleições gerais, Margaret Thatcher tornou-se na primeira mulher a
desempenhar as funções de primeira-ministra do Reino Unido e a ocupar o número 10
de Downing Street, o que sucedeu entre 1979 e 1990. A sua acção contra o
declínio nacional e pela afirmação da autonomia britânica foi persistente,
resistindo à criação da União Europeia e criticando a União Soviética, o que levou
os russos a chamarem-lhe Dama de Ferro.
Porém, foi a sua pronta reacção à invasão argentina das Falklands e a vitória
britânica que, em 1982, lhe trouxeram apoios internos e reconhecimento
internacional. Polémica e teimosa até ao limite do razoável, mas com uma
carreira política marcada pela competência e pela coragem, Margaret Thatcher
foi uma grande dirigente europeia.