Na sua actual
fase, o conflito da Ucrânia já dura desde o dia 24 de fevereiro de 2022, isto
é, há 1344 dias, mas durante todo este tempo falou-se mais da guerra do que da
paz, ficando muitas vezes no ar a ideia de que há muita gente mais interessada
nos negócios de armamento do que no fim das hostilidades. Muita gente já
morreu, muitas cidades e infraestruturas foram destruídas e milhões de ucranianos
ficaram com as suas vidas arruinadas. Todos assistimos ao corrupio de
dirigentes europeus, com destaque para essa figura menor que é Ursula von der
Leyen, que foram a Kiev para ser vistos e para empurrar Zelensky para o abismo,
ao convencerem-no que não lhe faltaria apoio e que ganharia uma guerra em que do
outro lado está uma potência nuclear.
Agora,
provavelmente entusiasmado com a sua obsessão pelo prémio Nobel, o presidente
Donald Trump preparou um plano de paz em 28 pontos que é um verdadeiro ultimato
a Zelensky, como refere o jornal londrino The Independent: se aceita o plano será
uma traição face aos seus compromissos que assumiu perante os seus concidadãos,
mas se o rejeita perderá o apoio do armamento do seu aliado americano que tem
sido o seu principal instrumento nas operações militares. É um grande dilema para Zelensky.
O plano de paz de
Trump é muito duro e até humilhante para a Ucrânia e para a Europa, pois prevê
que a Ucrânia faça a cedência de cerca de 20% do seu território à Rússia,
incluindo a Crimeia, que não aderirá à NATO, que as suas forças armadas terão
um limite máximo de 600 mil efectivos, que não haverá tropas da NATO no seu
território e que deverão ser realizadas eleições dentro de 100 dias, o que
parece mostrar que os americanos se querem ver livres de Zelensky, bem como das
teimosias e das utopias que os líderes europeus lhe têm metido na cabeça, sem
olharem à diversidade e natureza cultural, religiosa e étnica da população
ucraniana.
Entre os 28
pontos do plano está inscrito um ponto que diz que “espera-se que a Rússia não
invada os países vizinhos e que a NATO não se expanda ainda mais” e esta
simples frase parece sintetizar a razão desta guerra.
Ninguém sabe se a
Ucrânia aceita ou não aceita o plano de Trump, com alterações ou sem alterações,
mas é tempo de acabar com esta guerra e com o crescente belicismo que anda por
aí.
