Sem surpresa, a
Marinha da Argentina anunciou ontem que dava por terminada a operação de busca
e resgate dos 44 tripulantes do submarino ARA
San Juan, desaparecido desde há duas semanas no Atlântico Sul, por já ter passado
"mais do que o dobro do tempo de busca” recomendado pelas práticas
internacionais nestas situações.
Significa que as
autoridades argentinas consideram que a guarnição não sobreviveu ao episódio
ocorrido no dia 15 de Novembro, quando o submarino navegava de Ushuaia para a
sua base em Mar del Plata e que, infelizmente, não há vidas para salvar.
No entanto, as operações de
busca prosseguem para que o submarino possa ser localizado e, desde que foi anunciado
o seu desaparecimento, têm estado envolvidos navios e aviões de inúmeros países
com as mais desenvolvidas tecnologias utilizadas nestas emergências, estando
anunciado o envolvimento nesta operação de 28 navios, nove meios aéreos e cerca de quatro mil
pessoas. Trata-se, portanto, de uma operação multinacional em larga escala que está em marcha com a solidariedade que caracteriza a comunidade marítima.
Qualquer ocorrência
marítima em que se perdem vidas humanas é sempre trágica, mas no caso do
desaparecimento do submarino ARA San Juan
torna-se dramática, pela longa e dolorosa ansiedade dos familiares dos
tripulantes que durante vários dias esperaram por notícias. Ontem a Marinha da Argentina anunciou a má notícia e, hoje, o jornal Crónica
que se publica em Buenos Aires, presta homenagem aos 44
submarinistas argentinos e classifica-os como heróis.
A Argentina emocionou-se e está de luto.
A Argentina emocionou-se e está de luto.