domingo, 16 de fevereiro de 2025

R.I.P. Jorge Nuno Pinto da Costa

Faleceu ontem, com 87 anos de idade, o homem que durante mais de 42 anos dirigiu o Futebol Clube do Porto (FCP) e, por isso, o clube e a cidade do Porto estão de luto. Chamava-se Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa.
Eleito pela primeira vez em 1982, soube imprimir uma dinâmica à gestão do seu clube e à prática competitiva das suas equipas das diversas modalidades desportivas, conseguindo muitos êxitos que colocaram o FCP no topo dos grandes clubes portugueses e mundiais. Dizem as notícias publicadas que os portistas festejaram 2.591 conquistas desportivas durante a presidência de Pinto da Costa, levando o FCP a sagrar-se Campeão da Europa e do Mundo em várias modalidades e escalões.
A presidência de Pinto da Costa fez do FCP o clube português com mais títulos oficiais no futebol, ao vencer 23 Campeonatos Nacionais, 22 Supertaças, 15 Taças de Portugal, duas Taças Intercontinentais, uma Taça dos Clubes Campeões Europeus e outra Liga dos Campeões, uma Taça UEFA e uma Liga Europa, uma Supertaça Europeia e uma Taça da Liga. A notoriedade da cidade do Porto cresceu em ligação com a notoriedade do FCP e da gestão desportiva de Pinto da Costa, que se tornou uma figura representativa da cidade do Porto e da região norte do país. 
A notícia da morte do antigo presidente do FCP encheu as páginas dos jornais, tanto desportivos como generalistas, mas também ocupou largas horas da programação de todos os canais televisivos, em que foram destacadas as suas qualidades de líder carismático e gestor desportivo, mas também a sua inteligência e o seu elevado estatuto cultural. Como sempre acontece com os grandes homens, a sua vida suscita aplauso e reconhecimento, mas também crítica e controvérsia.
Como hoje alguém escreveu, na história do FCP há um antes e um depois de Jorge Nuno Pinto da Costa.

O Canadá e os apetites de Donald Trump

A nova política americana imposta pelo DT (Donald Trump), que vem sendo traduzida pela expressão MAGA (Make America Great Again), está a causar muita preocupação mundial e a aumentar as incertezas quanto ao futuro, o que se vem acentuando nos últimos anos. Uma das vertentes dessa política tem um carácter expansionista e revela-se na forma atrevida e irresponsável como o DT quer fazer do Canadá o 51º estado americano.
O Canadá, ou Federação do Canadá, é o segundo maior país do mundo, foi colonizado por franceses e ingleses, resistiu ao movimento que criou os Estados Unidos da América e, embora só em 1982 tenha adquirido a sua completa independência do Reino Unido, conserva o estatuto de monarquia constitucional federal e parlamentar, isto é, Carlos III é o rei do Canadá, sendo representado por um governador-geral do Canadá, que é nomeado pelo rei sob proposta do primeiro-ministro canadiano. Assim, para além dos formalismos resultantes da tradição e da Constituição do país, o Canadá é efectivamente governado e representado pelo primeiro-ministro, que é eleito pelos canadianos e que actualmente é Justin Trudeau.
Apesar destas ligações históricas e tradicionais, em 1964 foi escolhida uma nova bandeira para o Canadá, que extinguiu a bandeira colonial britânica. Essa bandeira apareceu pela primeira vez no dia 15 de Fevereiro de 1965, que passou a ser celebrado como o Dia da Bandeira Nacional. Ontem, a bandeira do Canadá fez 60 anos e a imprensa aproveitou para afirmar a sua firme oposição às propostas do DT. Assim fizeram o National Post ao escrever que “a folha de bordo”, o nome que é dado à bandeira, é para sempre, mas também o jornal The Free Press, que se publica em Winnipeg, a capital da província de Manitoba, que escreve que a bandeira, still flying, strong and free, after 60 years.
Parece, portanto, que os canadianos não aceitam as propostas do DT. 
Como era de esperar.