domingo, 16 de fevereiro de 2025

O Canadá e os apetites de Donald Trump

A nova política americana imposta pelo DT (Donald Trump), que vem sendo traduzida pela expressão MAGA (Make America Great Again), está a causar muita preocupação mundial e a aumentar as incertezas quanto ao futuro, o que se vem acentuando nos últimos anos. Uma das vertentes dessa política tem um carácter expansionista e revela-se na forma atrevida e irresponsável como o DT quer fazer do Canadá o 51º estado americano.
O Canadá, ou Federação do Canadá, é o segundo maior país do mundo, foi colonizado por franceses e ingleses, resistiu ao movimento que criou os Estados Unidos da América e, embora só em 1982 tenha adquirido a sua completa independência do Reino Unido, conserva o estatuto de monarquia constitucional federal e parlamentar, isto é, Carlos III é o rei do Canadá, sendo representado por um governador-geral do Canadá, que é nomeado pelo rei sob proposta do primeiro-ministro canadiano. Assim, para além dos formalismos resultantes da tradição e da Constituição do país, o Canadá é efectivamente governado e representado pelo primeiro-ministro, que é eleito pelos canadianos e que actualmente é Justin Trudeau.
Apesar destas ligações históricas e tradicionais, em 1964 foi escolhida uma nova bandeira para o Canadá, que extinguiu a bandeira colonial britânica. Essa bandeira apareceu pela primeira vez no dia 15 de Fevereiro de 1965, que passou a ser celebrado como o Dia da Bandeira Nacional. Ontem, a bandeira do Canadá fez 60 anos e a imprensa aproveitou para afirmar a sua firme oposição às propostas do DT. Assim fizeram o National Post ao escrever que “a folha de bordo”, o nome que é dado à bandeira, é para sempre, mas também o jornal The Free Press, que se publica em Winnipeg, a capital da província de Manitoba, que escreve que a bandeira, still flying, strong and free, after 60 years.
Parece, portanto, que os canadianos não aceitam as propostas do DT. 
Como era de esperar.

Sem comentários:

Enviar um comentário