A nova política
americana imposta pelo DT (Donald Trump), que vem sendo traduzida pela
expressão MAGA (Make America Great Again),
está a causar muita preocupação mundial e a aumentar as incertezas quanto ao
futuro, o que se vem acentuando nos últimos anos. Uma das vertentes dessa
política tem um carácter expansionista e revela-se na forma atrevida e
irresponsável como o DT quer fazer do Canadá o 51º estado americano.
O Canadá, ou
Federação do Canadá, é o segundo maior país do mundo, foi colonizado por franceses
e ingleses, resistiu ao movimento que criou os Estados Unidos da América e,
embora só em 1982 tenha adquirido a sua completa independência do Reino Unido,
conserva o estatuto de monarquia constitucional federal e parlamentar, isto é,
Carlos III é o rei do Canadá, sendo representado por um governador-geral do
Canadá, que é nomeado pelo rei sob proposta do primeiro-ministro canadiano. Assim,
para além dos formalismos resultantes da tradição e da Constituição do país, o
Canadá é efectivamente governado e representado pelo primeiro-ministro, que é
eleito pelos canadianos e que actualmente é Justin Trudeau.
Apesar destas
ligações históricas e tradicionais, em 1964 foi escolhida uma nova bandeira
para o Canadá, que extinguiu a bandeira colonial britânica. Essa bandeira
apareceu pela primeira vez no dia 15 de Fevereiro de 1965, que passou a ser
celebrado como o Dia da Bandeira Nacional. Ontem, a bandeira do Canadá fez 60
anos e a imprensa aproveitou para afirmar a sua firme oposição às propostas do
DT. Assim fizeram o National Post ao
escrever que “a folha de bordo”, o nome que é dado à bandeira, é para sempre,
mas também o jornal The Free Press, que se publica em Winnipeg, a capital da província de Manitoba, que
escreve que a bandeira, still flying,
strong and free, after 60 years.
Parece, portanto, que os canadianos não
aceitam as propostas do DT.
Como era de esperar.
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