quarta-feira, 31 de julho de 2019

Já começou a corrida à Casa Branca 2020

No dia 3 de Novembro de 2020, isto é, daqui a 15 meses, vai realizar-se a 59ª eleição presidencial nos Estados Unidos e os eleitores americanos irão escolher o seu novo presidente através de um colégio eleitoral, isto é, de forma indirecta. Até lá, num processo deveras complexo, realizar-se-ão as eleições primárias em cada um dos 50 estados americanos nas quais são escolhidos os delegados à convenção de cada um dos partidos políticos que, por sua vez, escolhe o seu candidato presidencial. É um processo demorado e desgastante, que requer avultados recursos financeiros e uma grande coragem para enfrentar todas as insinuações e acusações pessoais que, através dos media, vão desabar sobre cada um dos candidatos. Essa é a tradição americana, mas enquanto na década de 1940 prevalecia a teoria dos efeitos limitados dos mass media sobre os eleitores, enunciada por Paul Lazersfeld, actualmente essa influência, em especial devido aos mass media digitais, está muito mais sofisticada e mais eficiente. De resto, o director de uma estação televisiva portuguesa de nome Emídio Rangel, já em 1997 tinha afirmado que com 50% de audiência podia vender tudo, desde sabonetes ao Presidente da República. E tinha razão. O poder da caixa que mudou o mundo era devastador.
Portanto, a corrida presidencial americana não vai ser uma corrida de ideias ou de projectos mas, sobretudo, uma corrida de imagens veiculadas pelos mass media e por quem os controla.
Neste momento perfilam-se os primeiros candidatos à Casa Branca. Pelo Partido Republicano apresenta-se Donald Trump que procura a sua reeleição e que, aparentemente, não tem competidores... a não ser que surja qualquer imprevisto. Pelo Partido Democrático há cerca de duas dezenas de candidatos e de pré-candidatos que iniciaram uma longa caminhada, conforme hoje relata o Washington Post. Os candidatos terão de participar em muitos debates e de garantir apoios medidos por sondagens e, no fim, para enfrentar Donald Trump, o mais provável escolhido parece ser Joe Biden, ou Bernie Sanders ou Elizabeth Warren. Logo se vê.