No dia 3 de
Novembro de 2020, isto é, daqui a 15 meses, vai realizar-se a 59ª eleição
presidencial nos Estados Unidos e os eleitores americanos irão escolher o seu
novo presidente através de um colégio eleitoral, isto é, de forma indirecta.
Até lá, num processo deveras complexo, realizar-se-ão as eleições primárias em
cada um dos 50 estados americanos nas quais são escolhidos os delegados à
convenção de cada um dos partidos políticos que, por sua vez, escolhe o seu
candidato presidencial. É um processo demorado e desgastante, que requer
avultados recursos financeiros e uma grande coragem para enfrentar todas as
insinuações e acusações pessoais que, através dos media, vão desabar sobre cada um dos candidatos. Essa é a tradição
americana, mas enquanto na década de 1940 prevalecia a teoria dos efeitos
limitados dos mass media sobre os
eleitores, enunciada por Paul Lazersfeld, actualmente essa influência, em
especial devido aos mass media digitais, está muito mais sofisticada
e mais eficiente. De resto, o director de uma estação televisiva portuguesa de nome
Emídio Rangel, já em 1997 tinha afirmado que com 50% de audiência podia vender
tudo, desde sabonetes ao Presidente da República. E tinha razão. O poder da caixa que mudou o mundo era devastador.
Portanto, a
corrida presidencial americana não vai ser uma corrida de ideias ou de
projectos mas, sobretudo, uma corrida de imagens veiculadas pelos mass media e por quem os controla.
Neste
momento perfilam-se os primeiros candidatos à Casa Branca. Pelo Partido
Republicano apresenta-se Donald Trump que procura a sua reeleição e que,
aparentemente, não tem competidores... a não ser que surja qualquer imprevisto.
Pelo Partido Democrático há cerca de duas dezenas de candidatos e de
pré-candidatos que iniciaram uma longa caminhada, conforme hoje relata o Washington
Post. Os candidatos terão de participar em muitos debates e de garantir
apoios medidos por sondagens e, no fim, para enfrentar Donald Trump, o mais
provável escolhido parece ser Joe Biden, ou Bernie Sanders ou Elizabeth Warren.
Logo se vê.
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