domingo, 24 de janeiro de 2021

O voto como afirmação de confiança

Hoje temos eleições presidenciais e, apesar das restrições a que estamos obrigados para evitar a propagação do covid-19, todos devemos ir votar. Votar é um dever e um direito e muitos portugueses ainda se lembram dos tempos em que não havia eleições ou, se as havia, nada mais eram do que encenações com que o antigo regime disfarçava as suas posturas não democráticas. 
Hoje vamos votar e cada um escolhe o candidato que melhor corresponda aos seus ideais e anseios, que melhor o represente ou que melhor nos represente a todos enquanto comunidade organizada, que desde há muitos séculos partilha território, língua, tradições e história. Hoje, nas assembleias de voto, haverá sete candidatos perfilados para receberem os nossos votos. Entre os candidatos há homens e mulheres, há conservadores e há progressistas. Todos apresentaram os seus programas e as suas ideias no espaço público em liberdade e sem quaisquer restrições. Os eleitores estão esclarecidos e podem livremente escolher. Assim, o que se deseja é que cada eleitor vá votar e que ninguém fique indiferente, porque hoje não se escolhe apenas um Presidente. O acto de votar é, em si mesmo, um sinal de resistência à crise pandémica que nos atormenta e nos ameaça. O nosso voto não escolhe apenas um Presidente da República, pois é também um sinal de confiança no futuro.