Hoje temos
eleições presidenciais e, apesar das restrições a que estamos obrigados para
evitar a propagação do covid-19,
todos devemos ir votar. Votar é um dever e um direito e muitos portugueses
ainda se lembram dos tempos em que não havia eleições ou, se as havia, nada
mais eram do que encenações com que o antigo regime disfarçava as suas posturas
não democráticas.
Hoje vamos votar e cada um escolhe o candidato que melhor
corresponda aos seus ideais e anseios, que melhor o represente ou que melhor
nos represente a todos enquanto comunidade organizada, que desde há muitos séculos
partilha território, língua, tradições e história. Hoje, nas
assembleias de voto, haverá sete candidatos perfilados para receberem os nossos
votos. Entre os candidatos há homens e mulheres, há conservadores e há progressistas. Todos
apresentaram os seus programas e as suas ideias no espaço público em liberdade
e sem quaisquer restrições. Os eleitores estão esclarecidos e podem livremente
escolher. Assim, o que se deseja é que cada eleitor vá votar e que ninguém fique indiferente, porque
hoje não se escolhe apenas um Presidente. O acto de votar é, em si mesmo, um
sinal de resistência à crise pandémica que nos atormenta e nos ameaça. O nosso voto
não escolhe apenas um Presidente da República, pois é também um sinal de
confiança no futuro.
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