sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A vida está má para todos

A revista GQ é uma revista mensal para homens, luxuosa e sofisticada - segundo ela própria se classifica - que trata de moda e de estilos, com artigos sobre temas que lhes interessam como por exemplo a alimentação, cinema, fitness, sexo, música, viagens, desporto, tecnologia e livros.
A foto de capa dessa revista tende a ser apelativa e serve dois objectivos porque, por um lado, pretende atrair compradores para a revista e, por outro, proporciona a promoção da figura fotografada e permite-lhe ganhar algum dinheiro.
Ora, na sua última edição a revista contratou a apresentadora, actriz e letrista Catarina Furtado – é assim que a senhora é apresentada – para posar em estilo de “matadora”, com o pretexto de ter sido eleita Mulher do Ano. Não se sabe que título é esse, nem quem participa nessa eleição. É um evidente exagero de marketing!
O que sabemos é que, segundo revelam as redes sociais, a senhora ganharia 30 mil euros mensais que lhe eram pagos pela nossa RTP e que, generosamente, no ano passado aceitou fazer um desconto de 20%, o que significa que a mesma RTP lhe abona mensalmente 24 mil euros. Pessoalmente, acho que a senhora não tem actividade nem méritos que justifiquem os obscenos montantes que lhe são pagos com dinheiros públicos, isto é, dos meus impostos, pois que o seu grande atributo é o nome do pai. Apesar disso e porque a vida está má para todos, a senhora decidiu fazer umas fotografias insinuantes para se manter com popularidade e “sacar” mais umas massas para o seu pecúlio. Em fase descendente de uma carreira profissional incaracterística de animadora televisiva, ela aproveitou esta oportunidade e não se saiu bem. Naturalmente, a senhora pode tirar as fotografias todas que quiser, mas desta vez, mesmo vestidinha, deu um tiro no pé. Basta olhar para a capa da revista e apreciar o estilo de Madame Furtado.

 

O imparável dinamismo chinês


O canal do Panamá tem 82 quilómetros de extensão, faz a ligação entre o oceano Atlântico e o oceano Pacífico e por ele passam, anualmente, cerca de 13 mil navios que correspondem a 4% do comércio mundial. O canal começou a ser construído em 1880 sob a direcção do engenheiro francês Ferdinand de Lesseps, com base na sua própria experiência na construção do canal do Suez, que havia sido concluído em 1869, mas depois de vicissitudes e interrupções diversas, o canal só veio a ser concluído em 1914. É usualmente aceite que, durante a sua construção, terão morrido 5.609 trabalhadores vitimados sobretudo por doenças tropicais. O canal que foi uma maravilha tecnológica no seu tempo e que tem sido modernizado, já não pode corresponder às necessidades actuais. Assim, a China não perdeu tempo e entrou em acção, tendo estudado várias alternativas para a construção de um novo canal na Nicarágua. O novo canal já está escolhido, terá uma extensão de 200 quilómetros e será mais profundo e mais largo do que o canal do Panamá. Segundo informa o diário La Prensa de Manágua, o Congresso nicaraguense acaba de aprovar a concessão da construção do canal a um grupo de Hong Kong e, além do canal, o grupo deverá construir dois portos de águas profundas, um oleaduto, uma linha férrea e um aeroporto internacional, podendo explorar o canal nos próximos cem anos. Tudo para começar em finais de 2014 e para ficar concluído em 2019! As autoridades nicaraguenses acreditam que este projecto irá tirar o país e os seus 6 milhões de habitantes da pobreza e do subdesenvolvimento.