No passado sábado aconteceu uma manifestação da extrema-direita na cidade de
Charlottesville, no estado americano da Virgínia, que originou violentos
confrontos e despertou uma onda de ódio, intolerância e violência, nada
habituais no país que, como poucos, simboliza a liberdade. Os manifestantes de
extrema-direita que incluiam supremacistas brancos, elementos neo-nazis e membos
do Ku
Klus Klan, empunhavam bandeiras, tochas, capacetes e
escudos e, de forma provocadora, cercaram os contra-manifestantes de vários
grupos de esquerda, que contestavam a marcha da extrema-direita racista e
anti-semita. Durante os confrontos um automóvel abalroou um grupo de pessoas provocando
pelo menos um morto e 19 feridos.
As autoridades
estaduais declararam o estado de emergência na cidade e a partir de New Jersey
onde se encontrava, pudemos ver o Donald a condenar os incidentes e a criticar
a violêrncia “dos dois lados”. Esta declaração de Donald Trump suscitou muita indignação
nos Estados Unidos, incluindo a de alguns destacados políticos republicanos,
pois o Donald não assumiu uma clara posição contra os grupos de extrema-direita
assumidamente fascistas e neo-nazis que, segundo alguns observadores, lhe terão dado
grande apoio eleitoral.
Na edição que hoje
foi posta a circular, a conceituda revista inglesa The Economist ilustrou a
sua capa com uma caricatura do Donald a gritar com um megafone que não é outra
coisa que um gorro da Ku Klus Klan e destacou que “Donald Trump não compreende o que significa ser presidente”, perguntando
se valerá a pena aos republicanos continuar a apoiar este outsider da política que se tem mostrado tão incapaz de exercer o
seu cargo.
Realmente, com este Donald o mundo é mais inseguro e até
os Estados Unidos tendem a tornar-se politicamente instáveis. Porque é que ele
não vem a Portugal aprender a ser Presidente?