quinta-feira, 6 de julho de 2017

O desejo independentista escocês

A Escócia é um dos quatro países do Reino Unido, tem uma superfície de cerca de 78 mil km2, um pouco mais de 5 milhões de habitantes e tem a sua capital na cidade de Edimburgo.
O governo escocês é chefiado desde 2014 por Nicola Sturgeon que é a líder do Scottish National Party (SNP), um partido nacionalista e social-democrata que é não só o maior partido da Escócia, mas também o terceiro maior partido do Reino Unido, depois dos Conservadores e dos Trabalhistas. O SNP defende a independência do país e, porque 63% dos escoceses votaram contra o Brexit, a dinâmica Nicola Sturgeon tem-se oposto a Theresa May e até já conseguiu que o Parlamento escocês aprovasse a realização de um novo referendo sobre a independência da Escócia a realizar em finais de 2018, isto é, antes de ficar formalizado o Brexit. Significa que a Primeira-Ministra britânica Theresa May está a encontrar muitas dificuldades para cumprir a sua tarefa e de uma posição hard, já passou para uma posição soft nas suas relações com Bruxelas.
Agora, através do The National, um jornal em cujo estatuto editorial está inscrita a luta pela independência escocesa, a notícia de que o produto escocês tinha crescido 0,8% no primeiro trimestre de 2017, enquanto o produto britânico crescera apenas 0,2% tornou-se num verdadeiro sinal de apoio à independência escocesa e deu origem a uma onda de entusiasmo nacional. Como o jornal escreveu “Scotland’s economy grows four times faster than the UK’s in first quarter”. É caso para dizer que a campanha já começou, mas muito antes do referendo escocês teremos que acompanhar o que se vai passar na Catalunha.

As perigosas provocações de Kim Jong-un

No passado dia 4 de Julho os Estados Unidos celebraram o Independence Day, o dia do ano de 1776 em que as Treze Colónias da costa oriental americana fizeram a Declaração de Independência e se separaram formalmente do Império Britânico.
The Fourth of July é o principal feriado dos Estados Unidos da América e tem uma enorme impacto sobre o orgulho nacional, o estilo de vida e a cultura americanas. Como sempre acontece, as festividades decorreram por todo o país e tiveram um acentuado cunho nacionalista, com muitos desfiles de majorettes e de veteranos, muitos festivais, muita música e a apresentação de bandas executando marchas militares, algumas delas criadas por John Philip de Souza.
A imprensa dedicou alargados espaços ao Dia da Independência, publicando inúmeras fotografias dos fogos de artifício e das multidões agitando as bandeirinhas das stars and stripes.
Este ano houve uma novidade internacional que foi a notícia de que a Coreia do Norte tinha lançado com sucesso o seu primeiro míssil balístico intercontinental baptizado como Hwasong-14, que tem capacidade para transportar uma ogiva nuclear e é capaz de atingir o território americano. Kim Jong-un tratou de festejar o acontecimento com grande excitação e, em atitude provocatória, afirmou que aquele míssil era uma prenda de aniversário norte-coreano para os Estados Unidos no seu Dia da Independência.
O USA Today registou essa provocação que terá despertado os falcões e os conselheiros de Trump que, desde há meses, têm vindo a concentrar atenções e meios militares naquela região do Pacífico.