segunda-feira, 17 de julho de 2023

Com Favaios não há desmaios

A Publicidade é uma técnica de comunicação que codifica ideias e as transmite para o espaço público, para influenciar o comportamento das pessoas, levando-as a adquirir um bem ou um serviço, a adoptar uma determinada opinião ou a escolher o candidato a quem deve dar o seu voto. 
Tal como o Jornalismo, a Publicidade também obedece a regras de conduta ética e deve inspirar-se na verdade, embora estas actividades nem sempre cumpram essas regras, sobretudo em ambientes mediáticos do tipo “vale tudo”.
No complexo mundo da comunicação, a codificação de mensagens publicitárias é uma arte em que a imaginação é essencial para que os receptores distingam, reconheçam e adoptem certas mensagens e rejeitem outras mensagens de concorrentes ou de adversários. No quadro de intoxicação publicitária em que vivem as sociedades contemporâneas, a Publicidade por vezes distingue-se como uma expressão de inteligência e de oportunidade. Assim aconteceu um dia destes.
O Supremo Magistrado da Nação estava na Costa da Caparica, sentiu-se mal disposto e desmaiou, tendo sido transportado de urgência numa ambulância dos Bombeiros da Trafaria para o Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide. Era um problema simples, recuperou rapidamente e, no seu habitual estilo de não estar calado, tratou de informar os jornalistas que desmaiou porque… “tomei o moscatel quente”.  
Nestas circunstâncias, a Adega de Favaios que produz o Moscatel do Douro, semelhante ao Moscatel que incomodou o Supremo Magistrado da Nação, veio dizer que “com Favaios não há desmaios”.
Isto é que é Publicidade inteligente e, provavelmente, eficaz.

O brilho de Carlos Alcaraz em Wimbledon

O tenista espanhol Carlos Alcaraz venceu ontem o Torneio de Wimbledon e, aos 20 anos de idade, chegou ao topo da fama e do proveito no circuito mundial do ténis, ao arrecadar nada menos do que 2,3 milhões de libras, o que equivale a cerca de 2,7 milhões de euros. Hoje a sua fotografia ilustra a primeira página de inúmeros jornais internacionais, não só pelo prestígio daquele torneio, mas também porque derrotou ao fim de quatro horas e meia o campeão Novak Djokovic, o homem que obteve mais vitórias até hoje nos torneios do Grande Slam e que há dez anos não perdia em Wimbledon.
Apesar de Espanha estar em campanha eleitoral, a imprensa espanhola esqueceu tudo o mais para se deslumbrar com a proeza de “El Rey Carlitos” e para anunciar o início da “era Alcaraz”. Talvez se justifique este deslumbramento espanhol, porque uma parte do prestígio internacional de Espanha também resulta das proezas dos seus tenistas e havia alguma preocupação pela “queda” do fenomenal Rafael Nadal que, durante mais de uma dezena de anos, deu muitas alegrias aos desportistas espanhóis.
É caso para dizer: rei morto, rei posto.
Para os espanhóis, Rafael Nadal já é um passado glorioso, enquanto Alcaraz passou a ser a garantia de um futuro de alegrias desportivas para nuestros hermanos.