sexta-feira, 20 de março de 2020

O mundo fechou, o mundo não produz.


A pandemia do covid-19 continua activa e, em maior ou menor escala, todo o mundo está infectado e muito apreensivo em relação a uma situação de que se não vislumbra o fim.  O mundo fechou, o mundo não produz, o mundo não sabe quanto tempo isto vai durar. A imagem que a edição do The Economist escolheu para a sua edição desta semana é bem sugestiva, pois mostra que, em paralelo com a calamidade sanitária, também se desenha uma calamidade económica. Angela Merkel disse que a Alemanha enfrenta o seu maior desafio desde a 2ª Guerra Mundial e António Guterres pede solidariedade, cooperação internacional e esperança. A arrogância ignorante de Trump e Bolsonaro já deu lugar à preocupação. O problema é realmente sério. A quarentena ou o estado de emergência que têm sido decretados na generalidade dos países têm o objectivo de travar os contágios e esse é o aspecto mais importante, mas essas medidas drásticas estão a atrofiar as economias. 
Em Portugal as primeiras consequências económicas já estão à vista com a quebra na produção e no turismo, o encerramento de empresas, a suspensão dos transportes aéreos, as falhas no abastecimento público e o desemprego. A situação é grave mas, apesar disso, ainda há alguns indivíduos que, tanto na política como na vida empresarial, parecem não perceber isso e estão a procurar esta oportunidade para servirem os seus interesses particulares, como se vai vendo diariamente nas reportagens apresentadas pelas televisões. É lamentável que, nesta altura, ainda haja tantos portugueses a olhar para o seu umbigo. 
Porém, há que ter esperança e confiança em que os dias melhores virão mais depressa do que se pensa.