sábado, 23 de março de 2019

O porta-aviões simboliza prestígio e poder

O porta-aviões espanhol Juan Carlos I visitou pela primeira vez o Euskadi ou Comunidade Autónoma do País Basco, estando atracado no porto de Getxo, situado na margem nascente da ria de Bilbau.
Hoje, o diário El Correo publica na sua primeira página uma fotografia a seis colunas daquele “castillo de acero” que desloca 27 mil toneladas, que tem 231 metros de comprimento e que é operacionalizado por 400 tripulantes. A visita do navio ao Euskadi e o destaque que lhe é dada pela imprensa basca, são reveladores da sua importância simbólica para a afirmação externa e interna da Espanha.
O Juan Carlos I também tem sido classificado como navio de protecção estratégica ou como navio de assalto anfíbio, embora apareça mais vezes classificado como porta-aviões. É um navio muito caro, mas é um símbolo de poder e de prestígio, que serve para múltiplas funções e tarefas e, em especial, para afirmar um país no contexto internacional. Segundo consta dos seus registos, o Juan Carlos I tem ou pode ter 25 caças-bombardeiros AV-8 Harrier II como principal equipamento, mas pode receber helicópteros, 1200 fuzileiros, 46 tanques Leopard 2E, quatro barcaças de desembarque e quatro lanchas pneumáticas de desembarque. 
Portugal não tem porta-aviões, mas bem precisava de um navio polivalente que pudesse projectar poder, influência e solidariedade, sobretudo em tempos de crise ou de calamidade, não só nas suas regiões insulares, como também nas áreas atlânticas a que historicamente está ligado. Porém, as opções políticas têm sido outras...