domingo, 17 de junho de 2018

Ronaldo vs. Messi ou a luta continua

Nos últimos dez anos o futebol mundial tem sido dominado por uma curiosa rivalidade entre o português Cristiano Ronaldo e o argentino Lionel Messi que conquistaram, por cinco vezes cada um, o prestigioso troféu destinado ao melhor jogador do mundo. Esse troféu é a Bola de Ouro ou Ballon d’Or e foi criado pela revista francesa France Football, tendo tido em determinada altura a parceria da FIFA.
Ronaldo e Messi têm sido os protagonistas da luta por esse prémio e a circunstância de ambos jogarem em Espanha e nos dois maiores clubes ibéricos, tem acentuado essa disputa. Agora, com as duas estrelas a pisar os relvados russos, essa rivalidade voltou a estar no centro da discussão futebolística.
Aconteceu que na sexta-feira Cristiano Ronaldo marcou três golos à Espanha e gastou os elogios que havia disponíveis no mercado, enquanto no sábado aconteceu que Lionel Messi falhou uma grande penalidade contra a Islândia e a equipa da Argentina não foi além de um empate contra a modesta selecção islandesa. Estas prestações não passaram despercebidas aos furiosos da bola e o jornal desportivo italiano La Gazzetta Sportiva pegou nesse tema, porque é interessante para os seus leitores e “vende bem”, tratando de destacar este duelo na primeira página da edição de hoje com o título CR7-Messi 3-0.   
É ainda muito cedo para saber quem irá ser escolhido como o melhor jogador do mundo em 2018 mas, aparentemente, a imprensa mundial continua a apostar nos artistas do costume.

Chegou o tempo dos incêndios florestais

Decorreu um ano sobre o dramático incêndio de Pedrógão Grande e alguns jornais evocaram esse fatídico dia em que algumas dezenas de pessoas perderam a vida e muitos hectares de floresta foram devorados pelo fogo. Foram dias trágicos que vieram a repetir-se em Outubro e, embora o que se passou tenha causas tão diversas como a falta de planos de protecção contra incêndios florestais, ou um ordenamento florestal inadequado, ou as alterações climáticas ou, ainda, o desleixo das populações, todas as críticas se dirigiram contra o governo e, de forma especial, contra a então Ministra da Administração Interna. Foi lamentável o aproveitamento político que alguns então quiseram fazer da tragédia.
Entretanto, os fogos florestais não são apenas um problema português e grandes áreas florestais em Espanha também têm sido consumidas pelo fogo. Por isso, a secção espanhola do Greenpeace publicou esta semana um documento intitulado “Protege el bosque, protege tu casa” em que analisa as causas da nova era de incêndios de alta intensidade dos últimos anos e denuncia a falta de planos de prevenção, emergência e auto-protecção contra incêndios florestais em Espanha, um problema que já está classificado como emergência social. O estudo cita os incêndios do camping e do parque de Doñana de Mazagón e do trágico incêndio de Pedrógão Grande.
O documento foi publicado pelo jornal el Correo de Andalucia e constitui uma chamada de atenção para todos os agentes públicos e privados envolvidos neste problema, desde a população que constrói casas no meio da floresta e não cuida da limpeza dos seus espaços florestais, até ao abandono rural e às alterações climáticas. O documento refere que “não é uma situação única de Espanha” e que “países como Portugal, Chile, Austrália, África do Sul e Estados Unidos têm sofrido grandes incêndios de altíssima gravidade”. Trata-se, portanto, de um problema ambiental que afecta a segurança nacional e que em Portugal se espera possa ser enfrentado este ano com mais eficiência do que aconteceu em 2017.