O diário ABC
que se publica em Madrid é considerado um jornal conservador e que reflecte as
posições da monarquia espanhola.
Hoje escolheu uma
imagem muito oportuna para ilustrar a capa da sua edição e bem podia ter
escolhido como título, por exemplo, os fanfarrões ou qualquer coisa parecida.
De facto, no panorama internacional têm-se destacado as declarações fanfarronas
de Kim Jong-un, de Nicolás Maduro e de Donald Trump,
a lembrar os tempos de outros fanfarrões como Muammar Kaddafi ou Saddam
Hussein, ou mesmo, de Benito Mussolini e Adolfo Hitler. Realmente, estamos a
passar por um tempo em que os fanfarrões estão a tornar este mundo muito
perigoso, como se não houvesse tantos problemas para resolver à escala global,
não só em relação às desigualdades entre os homens, mas também em relação à
preservação ambiental do nosso planeta.
Diz o
ABC
que Donald Trump “amplía su ofensiva belicista” e de facto, já não bastava a
contínua retórica de ameaça em relação à Coreia do Norte, pelo que agora se
decidiu ameaçar Nicolás Maduro e a Venezuela. Alguns países latino-americanos
não gostaram de ouvir essas ameaças e até a oposição venezuelana parece ter
rejeitado a intromissão de Trump nos assuntos internos do país.
Portanto,
os fanfarrões da Coreia do Norte e da Venezuela parece terem encontrado em
Donald Trump um fanfarrão à sua altura que, por ser ignorante e inculto,
desconhece que o poder militar americano não é ilimitado, como várias vezes se
tem visto desde a guerra do Vietnam. Esperemos que os seus conselheiros
militares o esclareçam de que as guerras não se ganham apenas com bombas e que há muitos outros factores a determinar a sorte da guerra.