A edição de hoje
do jornal New York Post deixa para segundo plano a Super Terça-feira eleitoral americana e dedica a sua manchete ao
famoso beijo de 14 de agosto de 1945. Nesse dia, quando se festejava com
entusiasmo a rendição final do Japão, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt da Time
& Life fez uma fotografia na Times Square em Nova Iorque, que mostra o
marinheiro George Mendonsa a beijar a enfermeira Greta Zimmer.
Esta fotografia
tornou-se um ícone da vitória americana sobre o Japão, até que na passada
semana, a senhora Rima Ann Nelson, subsecretária de Assuntos de Veteranos dos
Estados Unidos, declarou aquela famosa foto "inapropriada" porque o
beijo não foi consensual e determinou que essa fotografia fosse “imediatamente”
removida de todas as instalações do Veteran Affairs. Felizmente para o bom
senso, o secretário de Assuntos dos Veteranos, Denis R. McDonough, reverteu a
decisão da sua subsecretária.
A história deste
beijo é muito curiosa e aparece relatada no New York Post. O
marinheiro George Mendonsa tinha 23 anos de idade e acabara de regressar das
Filipinas. Encontrou-se com a sua namorada Rita Petry de 20 anos de idade e,
juntos, foram juntar-se aos milhares de pessoas que festejavam o fim da guerra
em Manhattan. Quando chegaram a Times Square, o George viu a enfermeira Greta
Zimmer e, por momentos, deixou a Rita e agarrou-se àquela enfermeira num
emocionado beijo, lembrando-se das enfermeiras que vira a retirar das águas do
Pacífico algumas centenas de tripulantes do USS Bunker Hill, que fora afundado por dois kamikases japoneses.
O marinheiro George Mendonsa
casou-se com a Rita Petry e a sua filha Sharon Molleur, agora com 67 anos de
idade, revelou que os pais vieram a ser amigos próximos de Greta Zimmer. Esta é a
história que hoje nos conta o jornal e que aqui se reproduz, numa love
story bem ao estilo americano.