No contexto da
crise sanitária que percorre o mundo e que já atingiu cerca de duas centenas de
países, estão registadas cerca de 21 mil mortes e calcula-se que um terço da
população mundial está de quarentena. Na dramática lista ontem actualizada das
vítimas provocadas pelo covid-19 está
à frente a Itália (7.503), seguindo-se a Espanha (3.647), a China (3.281), o
Irão (2.077), a França (1.331) e os Estados Unidos (1.054). Aparecem depois o
Reino Unido (465), os Países Baixos (367), a Alemanha (208) e a Bélgica (178).
O mundo foi apanhado de surpresa por uma crise de contornos desconhecidos, mas
as medidas tomadas pelos diferentes países têm sido semelhantes, situando-se
entre o combate à crise sanitária, a manutenção dos serviços essenciais e
manutenção das actividades económicas possíveis.
Porém, alguns
países estão “em contramão do mundo”, como hoje titula um jornal brasileiro. Um
desses países é o Brasil de Jair Bolsonaro, que tem ignorado a orientação da
OMS assim como as medidas tomadas noutros países e que tem criticado a
quarentena e o fecho de escolas que foi decretada em alguns estados
brasileiros. Mostrando grande arrogância e uma enorme ignorância tratou de
contrariar a opinião dos especialistas e desvalorizou a pandemia que está a
chegar ao Brasil, chamando-lhe “um resfriadinho”, ao mesmo tempo que pediu o
regresso da normalidade e o fim das quarentenas decretadas em várias cidades,
como por exemplo em São Paulo.
O Conselho Nacional de Saúde do Brasil considerou que as
declarações do Jair “colocam em risco a vida de milhares de pessoas” e são ”uma
afronta à saúde e à vida da população”, enquanto a revista IstoÉ não o poupou e,
simplesmente, lhe chamou "o incapaz".