quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

No desporto até os mais fortes falham

Os Jogos Olímpicos de Pequim iniciaram-se no dia 4 de Fevereiro e vão decorrer até ao dia 20, o que significa que estão no seu sexto dia e que ainda não chegaram a meio. No entanto, até agora já foram distribuídas 135 medalhas por atletas de 25 países, entre os quais houve 19 cujos atletas ganharam medalhas de ouro, com destaque para a Alemanha com seis, a Noruega com cinco e a Áustria, Estados Unidos, Países Baixos e Suécia, com quatro cada um.
Embora os desportos de Inverno sejam pouco conhecidos em Portugal e por isso não despertem muito interesse, as estações televisivas temáticas têm acompanhado o evento, tal como alguma imprensa internacional, que vem destacando em primeira página os triunfos mais ou menos gloriosos dos seus nacionais e algumas das histórias que a opinião pública aprecia.
Uma dessas histórias refere-se a Mikaela Shiffrin, uma esquiadora americana de 26 anos de idade que foi campeã olímpica em Sochi (2014) e em Pyeongchang (2018), mas também campeã do mundo em dezenas de provas de esqui alpino, incluindo o slalom, o downhill, o combinado e outras disciplinas, sendo também detentora de múltiplos recordes. É uma verdadeira estrela do esqui mundial e o orgulho americano no que respeita aos desportos de Inverno, mas em Pequim não conseguiu terminar as duas primeiras provas em que participou, exactamente nas disciplinas em que é mais forte. Foi um descalabro em dois dias maus. Faltam-lhe três provas (super-G, downhill e o combinado alpino), mas Shiffrin está cada vez mais longe de concretizar o seu sonho de se tornar a primeira esquiadora americana a ganhar três medalhas de ouro olímpicas. Para os americanos, Mikaela Shiffrin é uma estrela mediática e um ícone dos desportos de Inverno. O seu coração está despedaçado como escreveu hoje The Jersey Journal, que mostra uma fotografia da desolação da atleta. O desporto, por vezes, é cruel.