sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Zelensky e a Ucrânia: o cansaço e a dúvida

Depois de várias semanas de silêncio em relação ao conflito da Ucrânia, que foi passado para segundo plano por causa da guerra entre Israel e o Hamas, reapareceram na imprensa internacional as notícias sobre a guerra entre russos e ucranianos. Porém, as notícias não são no sentido mais desejado que seria o cessar-fogo, as negociações, a paz e o sossego para o martirizado povo da Ucrânia Oriental que, desde 2014, vive em estado de guerra.
Hoje, o jornal The New York Times escreve que “Ukraine still hopes for further U. S. military aid”, enquanto a imprensa francesa veicula muitas preocupações em relação ao futuro dos ucranianos, com o diário Le Figaro a referir que “l’Ukraine de plus en plus isolée face à la Russie”, o jornal Libération Champagne a escrever “Guerre en Ukraine, de plus en plus seuls…” e o Courrier international a dizer que “Zelensky l’heure di doute”.
Parece que os ucranianos começam a ser abandonados, depois de terem sido tão empurrados para resistir à invasão russa. As viagens de tantos dignitários a Kyev e as promessas de apoio militar tinham criado uma onda de entusiasmo. Os Leopard e os Abrams, a promessa dos General Dynamics F-16, os mísseis de todos os tipos e as operações especiais, mas também tantos cheques, deslumbraram Zelensky. A propaganda ajudou. Porém, como hoje salienta o Courrier international, “a contra-ofensiva falhou, o cansaço está a espalhar-se entre a população e os aliados de Kiev. Perante uma vitória que parece impossível, a estratégia do presidente ucraniano é cada vez mais contestada”.
Entretanto, algumas informações – falsas ou verdadeiras – que têm sido difundidas, garantem que há generais ucranianos e russos que têm conversado, eventualmente à revelia de Zelensky e de Putin, para encontrar uma solução. Seja.