terça-feira, 17 de julho de 2018

Nova Zelândia procura novos símbolos

A Nova Zelândia é um país insular do Pacífico Sul formado por duas massas de terra principais, conhecidas por Ilha do Norte e Ilha do Sul, separadas pelo estreito de Cook. Os primeiros europeus que visitaram estas ilhas em 1642 foram os marinheiros do explorador holandês Abel Tasman, mas os europeus não voltaram àquelas ilhas até 1769, quando o navegador britânico James Cook visitou as ilhas e fez as suas primeiras representações cartográficas. Depois de ter sido um domínio britânico, a Nova Zelândia tornou-se independente em 1907, embora mantenha um regime de monarquia constitucional parlamentar em que a rainha de Inglaterra é o Chefe de Estado, mas em que o poder político reside no parlamento e no primeiro-ministro.
O país tem cerca de 268 mil km2 de superfície, cerca de 5 milhões de habitantes e tem a sua capital na cidade de Wellington, mas a sua capital económica e financeira é a cidade de Auckland, fundada em 1840 e onde hoje se concentra cerca de 30% da população neo-zelandesa. Ambas as cidades se encontram na Ilha do Norte.
A construção mais simbólica de Auckland é a Sky Tower, que com 328 metros é o edifício mais alto do hemisfério sul, apenas 8 centímetros menos do que a Torre Eiffel. Porém, segundo o The New Zeland Herald, o Auckland Council decidiu fazer uma mega-construção que possa rivalizar com a Estátua da Liberdade de Nova Iorque e com o Cristo Redentor do Rio de Janeiro, tendo aberto um concurso de ideias para uma estátua de Papatūānuku, a Mãe da Terra na tradição māori, que será colocada no Bastion Point e passará a ser um símbolo da cidade à entrada do porto de Auckland. Supostamente, a nova estátua procurará reforçar a unidade nacional de um país com uma população dominada por cerca de 65% de europeus e apenas 10% da população mãori originária das ilhas.

O Donald e o Vladimir são bons amigos

A Cimeira de Helsinquia entre Donald Trump e Vladimir Putin que ontem se realizou, deu origem a uma invulgar troca de elogios e de promessas de cooperação para resolver alguns problemas mundiais, que só pode constituir motivo de satisfação para todos os que desejam a paz no mundo.
O jornal espanhol ABC publica hoje uma fotografia dos dois líderes e escolheu para título da sua primeira página a frase “tan amigos”. De facto, tudo parece ter corrido bem neste encontro que gerou muito optimismo e até fez subir as bolsas mundiais. Putin negou qualquer interferência russa nas eleições presidenciais americanas de 2016 e Trump disse que a relação entre os dois países “nunca esteve pior”, referindo que a atitude americana face à Rússia tem sido de “loucura e estupidez norte-americana, a maldita caça às bruxas”.
Dois dias antes, o Donald tinha intensificado o seu ataque à União Europeia que classificou como inimiga e essa declaração encheu os jornais de todo o mundo. Estamos, portanto, perante um Donald que num dia pede mais dinheiro para investir na NATO e na defesa da Europa, que no outro declara a União Europeia como um inimigo e que, no outro, elogia o líder russo e promete reforçar as relações bilaterais. É uma verdadeira confusão o que o Donald diz.
No passado dia 12 de Julho, a propósito da Cimeira da NATO em Bruxelas, escrevemos aquí que era necessário definir quem é o inimigo da NATO e este encontro entre Trump e Putin, mostra exactamente isso. Porém, os inúmeros comentadores que enchem as televisões continuam sem perceber que o quadro estratégico da Guerra Fria já está ultrapassado e continuam a falar como verdadeiros papagaios de uma realidade que já não existe.

Coimbra capital do desporto universitário

Decorreu ontem em Coimbra a cerimónia de abertura dos European Universities Games 2018, que foi presidida pelo Presidente da República e, até 28 de Julho, haverá 3140 atletas provenientes de 38 países e de 400 universidades a competir em 13 modalidades.
Depois dos Jogos de Córdova (2012), de Roterdão (2014) e de Zagreb (2016), a European University Sports Association (EUSA) escolheu Coimbra para acolher os Jogos de 2018, nos quais se disputarão provas de badminton, basquetebol, basquetebol 3×3, canoagem, futebol, futsal, andebol, judo, remo, rugby de sete, ténis de mesa, ténis e voleibol.
A logística deste acontecimento desportivo em termos de alojamentos, transportes e instalações desportivas é um desafio para uma cidade de média dimensão como Coimbra, até porque, para além dos atletas, a cidade vai receber equipas técnicas, treinadores, jornalistas e apoiantes. Porém, as autoridades académicas e a autarquia da cidade “agarraram” esta oportunidade para mobilizar a prática desportiva na cidade e na própria universidade, mas também para transmitir uma imagem de qualidade académica e desportiva de uma cidade que tem uma das mais antigas universidades da Europa.
Porém, lamentavelmente, a nossa imprensa não prestou até agora qualquer atenção a estes Jogos, pois tem-se ocupado exaustivamente do Mundial de futebol, da ida de Ronaldo para Turim e das transferências dos jogadores de futebol.