O número de
pessoas infectadas por covid-19 está
a aumentar um pouco por todo o mundo, contrariando uma tendência de regressão
que se verificava desde há várias semanas e que estava a devolver a confiança ao mundo. Esse facto está a acontecer em Portugal, sobretudo na região de
Lisboa, mas também em várias regiões da Espanha, casos da Catalunha e da
Andaluzia. Em França, o jornal La Dépêche du Midi que se publica em
Toulouse, também destaca os maus sinais que estão a mostrar que o surto
pandémico está em reactivação.
Porém, acontece
que na luta pela atracção do turismo internacional parece haver critérios de
apuramento e de divulgação do número de novos infectados ao gosto de cada um e
esse facto deixa-nos na dúvida quanto à realidade pandémica na Europa. Já me
cansam, sem nada me esclarecer, os inúmeros comentadores que diariamente ocupam
as nossas televisões e nos inundam com os seus sábios palpites apoiados em
atraentes gráficos, verdadeiros ou não, porque dependem dos números,
verdadeiros ou não, com que são desenhados.
Era muito interessante
comparar o que esses comentadores dizem agora com o que diziam há dois meses,
para verificarmos como temos sido anestesiados. O que temos de mais certo é a
incerteza quanto ao que está para vir e, por isso, até há quem diga que o pior
ainda não chegou.
Entretanto,
falava-se muito das vacinas que estavam quase prontas em vários países do
mundo, mas o covid-19 já apareceu há
quase um ano e de vacinas não há notícias. Assim, continuemos mais ou menos
confinados, usemos máscaras, mantenhamos o distanciamento social, lavemos as
mãos muitas vezes e esperemos por melhores dias.