domingo, 12 de julho de 2020

A crise pandémica ainda está para durar


O número de pessoas infectadas por covid-19 está a aumentar um pouco por todo o mundo, contrariando uma tendência de regressão que se verificava desde há várias semanas e que estava a devolver a confiança ao mundo. Esse facto está a acontecer em Portugal, sobretudo na região de Lisboa, mas também em várias regiões da Espanha, casos da Catalunha e da Andaluzia. Em França, o jornal La Dépêche du Midi que se publica em Toulouse, também destaca os maus sinais que estão a mostrar que o surto pandémico está em reactivação.
Porém, acontece que na luta pela atracção do turismo internacional parece haver critérios de apuramento e de divulgação do número de novos infectados ao gosto de cada um e esse facto deixa-nos na dúvida quanto à realidade pandémica na Europa. Já me cansam, sem nada me esclarecer, os inúmeros comentadores que diariamente ocupam as nossas televisões e nos inundam com os seus sábios palpites apoiados em atraentes gráficos, verdadeiros ou não, porque dependem dos números, verdadeiros ou não, com que são desenhados.
Era muito interessante comparar o que esses comentadores dizem agora com o que diziam há dois meses, para verificarmos como temos sido anestesiados. O que temos de mais certo é a incerteza quanto ao que está para vir e, por isso, até há quem diga que o pior ainda não chegou.
Entretanto, falava-se muito das vacinas que estavam quase prontas em vários países do mundo, mas o covid-19 já apareceu há quase um ano e de vacinas não há notícias. Assim, continuemos mais ou menos confinados, usemos máscaras, mantenhamos o distanciamento social, lavemos as mãos muitas vezes e esperemos por melhores dias.

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