domingo, 11 de setembro de 2016

Para que o mundo nunca esqueça

Perfazem-se hoje 15 anos sobre a data em que um grupo de 19 terroristas da al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais americanos e desencadearam uma série de ataques suicidas contra alvos na região de Nova Iorque. Dois desses aviões colidiram intencionalmente contra as Torres Gémeas do complexo empresarial do World Trade Center na cidade de Nova Iorque, matando todos os seus passageiros e alguns milhares de pessoas que trabalhavam nessas torres. O terceiro avião sequestrado colidiu com o Pentágono e o quarto caiu num terreno rural depois de alguns dos seus passageiros terem reagido e tentado recuperar os comandos do avião. Foram quase três mil mortos e a América e o mundo viveram com emoção essa terrível tragédia, até porque terá sido a maior catástrofe alguma vez transmitida em directo pela televisão.
A cidade de Nova Iorque reagiu à destruição e à dor. Enfrentou a adversidade e, em 2014, ficou concluido o One World Center (WTC 1), exactamente no local onde antes estiveram implantadas as Torres Gémeas. O novo edifício é também um memorial que recorda o 9/11 e tornou-se o edifício mais alto dos Estados Unidos e um dos mais altos do mundo com 1.776 pés (541,3 metros).
Foi há 15 anos que a tragédia aconteceu e não pode ser esquecida. Para muitos analistas, foi então que começou uma guerra de características e desenvolvimentos imprevisíveis que levou à intervenção americana em sete países, incluindo o Iraque, Afeganistão, Paquistão, Líbia, Iémen, Somália e Síria e que tem espalhado a insegurança um pouco por todo o mundo.
Hoje a imprensa americana, incluindo o quase centenário Daily News que se publica na cidade de Nova Iorque homenageou as vítimas do 11 de Setembro. Nós aqui também.

O novo interesse de Macau pelo português

O governo de Macau, ou com mais rigor, o governo da Região Administrativa Especial de Macau, dirigido desde 2009 por Fernando Chui Sai On, anunciou que a partir do ano lectivo que agora se inicia, a língua portuguesa passa a ser um “projecto com prioridade de apoio”, nos termos enunciados no Plano Quinquenal que agora foi divulgado. Assim, deverá ser definido um número mínimo de horas para a aprendizagem, quer nas escolas particulares, quer no ensino regular, de forma a assegurar rapidamente uma “maior generalização da língua portuguesa”. Nesse sentido, as autoridades de Macau pretendem alargar a cooperação com Portugal e criar condições para que os estudantes macaenses possam prosseguir estudos superiores em Portugal, o que também significa a necessidade de aumentar o número de bolsas especiais do Fundo de Acção Social Escolar para apoiar os estudantes dos cursos de português e de tradução de chinês e português. A notícia é do jornal Tribuna de Macau e, naturalmente, agrada aos defensores da língua portuguesa.
Porém, o apoio à aprendizagem de línguas não se restringe ao português, pois o Plano Quinquenal aponta para que os estudantes macaenses falem quatro línguas e escrevam três – português, inglês e mandarim.
Decorridos quase cinco séculos de contactos e de presença na península de Macau, a língua portuguesa nunca se impôs como língua franca e, como se costuma dizer, “ninguém fala português em Macau”. Pode ser que esta política do governo de Macau melhore uma situação que as autoridades portuguesas que administraram o território até 1999, nunca quiseram ou puderam resolver.