domingo, 9 de setembro de 2012

Asia’s next revolution

Os três gigantes asiáticos – China, Índia e Indonésia – têm impressionado o mundo com o seu dinamismo, o seu espectacular crescimento económico e a sua rápida passagem para um patamar de prosperidade, que começam a ser característicos da Ásia moderna. À medida que esses países progridem, está a surgir uma nova classe média que se torna mais exigente em padrões de consumo e em direitos sociais, pelo que aumentam as suas reivindicações por novas políticas públicas, incluindo pensões sociais, seguros de saúde, subsídios de desemprego e outros esquemas de protecção social.
Esses três países têm, conjuntamente, quase 3 mil milhões de habitantes, o que representa mais de 40% da população do planeta, mas são países com enormes disparidades regionais de rendimento dentro das suas fronteiras. A criação de Estados sociais ou Estados-providência já é uma reivindicação e os primeiros esquemas de protecção social já estão em curso, através de redes de segurança social básicas. Porém, esses países têm que resistir à tentação de ir demasiado depressa e têm que aprender com os erros dos países ocidentais, que foram longe demais. Neste momento, já há preocupantes sintomas da repetição desses erros porque a protecção social já está a agravar desigualdades, ao beneficiar os trabalhadores urbanos dos serviços e da indústria, em detrimento das zonas rurais mais pobres e mais carenciadas, onde predomina a economia informal, o analfabetismo, a doença e até a fome. A forma como cada país vai resolver este problema é uma incógnita mas, como bem avisa The Economist, estamos perante uma nova revolução asiática.