terça-feira, 30 de novembro de 2021

Ómicron: o desassossego e a inquietação

Foi em finais de 2019 que pela primeira vez foi detectada na cidade chinesa de Wuhan a síndrome respiratória aguda grave (SARS), classificada como SARS-CoV-2 ou, de forma mais simples, como covid-19. O mundo assustou-se com a elevada taxa de mortalidade da doença que se transformou numa pandemia global e a Ciência entrou numa corrida acelerada para produzir uma vacina. Um ano depois surgiram os primeiros resultados e milhões de pessoas começaram a ser receber uma vacina.
A doença começou a regredir, apesar de se manifestar por ondas, mas o mundo começou a ficar aliviado, com a sociedade e a economia a recuperarem um pouco por toda a parte. Porém, a doença persistiu e foi-se adaptando através de variantes.
No fim do Verão, quando a vacinação já atingira níveis muito satisfatórios, sobretudo na Europa e nas Américas, surgiu mais uma onda, para uns a quarta e para outros a quinta onda. Porém, o mundo acreditava que a crise pandémica estava em vias de ser ultrapassada e o retomava a normalidade. Até que há poucos dias as dúvidas reinstalaram-se quando foi identificada na África do Sul a variante Ómicron do novo coronavírus, que rapidamente se espalhou pelo mundo. Embora pouco se saiba a respeito desta variante, pensa-se que é mais transmissível dos que as anteriores e o seu aparecimento já foi confirmado em mais de uma dezena de países, entre os quais Portugal. 
O jornal francês La Dépêche destaca na sua edição de hoje a inquietação mundial que a Ómicron já está a provocar, embora as autoridades procurem sossegar as populações, ao mesmo tempo que aceleram o processo de reforço da vacinação com uma terceira dose. A ver vamos.