Foi em finais de
2019 que pela primeira vez foi detectada na cidade chinesa de Wuhan a síndrome
respiratória aguda grave (SARS), classificada como SARS-CoV-2 ou, de forma mais
simples, como covid-19. O mundo
assustou-se com a elevada taxa de mortalidade da doença que se transformou numa
pandemia global e a Ciência entrou numa corrida acelerada para produzir uma vacina. Um
ano depois surgiram os primeiros resultados e milhões de pessoas começaram a
ser receber uma vacina.
A doença começou
a regredir, apesar de se manifestar por ondas, mas o mundo começou a ficar
aliviado, com a sociedade e a economia a recuperarem um pouco por toda a parte.
Porém, a doença persistiu e foi-se adaptando através de variantes.
No fim do Verão,
quando a vacinação já atingira níveis muito satisfatórios, sobretudo na Europa e
nas Américas, surgiu mais uma onda, para uns a quarta e para outros a quinta
onda. Porém, o mundo acreditava que a crise pandémica estava em vias de ser
ultrapassada e o retomava a normalidade. Até que há poucos dias as dúvidas reinstalaram-se quando foi
identificada na África do Sul a variante Ómicron do novo coronavírus, que
rapidamente se espalhou pelo mundo. Embora pouco se saiba a respeito desta
variante, pensa-se que é mais transmissível dos que as anteriores e o seu
aparecimento já foi confirmado em mais de uma dezena de países, entre os quais
Portugal.
O jornal francês La
Dépêche destaca na sua edição de hoje a inquietação mundial que a
Ómicron já está a provocar, embora as autoridades procurem sossegar as populações,
ao mesmo tempo que aceleram o processo de reforço da vacinação com uma terceira
dose. A ver vamos.